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Banhos revigorantes de cachoeira no cenário mágico do Parque Peneda – Gerês

Banhe-se numa cachoeira e saia dela outra pessoa. Algo como lavar o corpo e a alma. Inclua nesse pacote um cenário único, dos bosques encantados dos contos de fadas.

A experiência embaixo de uma queda d’água eletrizante será imperdível e exige uma boa dose de coragem. Já entrei embaixo de cascatas algumas vezes, mas experiência na Cascata da Portela do Homem, no Parque Peneda – Gerês, em Portugal, foi extraordinária. 

Primeiro porque não sou tão jovem e venci etapas aventureiras. Devo isso ao ar muito puro, muito oxigênio no cérebro, um choque térmico, água de gelar até os ossos que colocou minha circulação sanguínea a mil e a vontade de desafiar meus limites. É claro um sol de torrar os miolos e o um suadouro pela caminhada entre pedras  num rio de montanha, acidentado, e uma trilha de poucos metros de descida, mas de dar medo para quem não gosta de alturas, foi o complemento para estimular a vontade de entrar embaixo da cascata.

Depois disso, a surpresa ao chegar a pequena lagoa verde esmeralda formada pela queda d’água é melhor que qualquer anti-depressivo.  Impossível resistir ao mergulho. Você não sabe por que está nadando tão rápido. Se é porque deseja chegar aos pés da cascata, ou porque a água é tão gelada que não pode parar porque congela o corpo. Mas depois que consegue alcançar a pedra e se colocar de forma segura para receber  uma benção natural em dose ‘cavalar’ é outra história. 

Imagine-se com uma carga potente de energia sobre os teus ombros. Sangue circulando a mil e uma sensação purificadora! Ali, naqueles minutos de intensa hidromassagem o estado é de êxtase. Puro vazio mental. Dizem que só o fato de mentalizar esse banho já ajuda como anti-stress. Então, aproveitem a dica e sigam as sensações

O Parque tem recantos maravilhosos, com inúmeros rios de pedra cortando a mata. Uma autêntica floresta européia, como aquelas de histórias encantadas cheias de bruxas escondidas pelos bosques, gnomos e duendes.

Bosques, matos, vegetação ripícola e turfeiras para além de matos húmidos – destacando-se a presença de várias espécies raras e endémicas. Alberga alguns dos mais importantes carvalhais de Portugal. Interessantes habitat seminaturais. Diversidade de espécies faunísticas com estatutos diferenciados: endémicas (salamandra-lusitânica); ameaçadas (lobo-ibérico); de distribuição limitada (cartaxo-nortenho)… No mosaico agrícola destacam-se os prados de lima e lameiros.

É um mundo à parte em que a atividade humana se integra com a natureza, preservando valores e tradições muito antigos, que se observa nas aldeias comunitárias de Pitões das Júnias e Tourém. 

É o único parque nacional de Portugal. Ocupa uma área com cerca de 70 mil hectares, distribuídos por cinco concelhos: Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. Geograficamente, abrange o Planalto de Castro Laboreiro e o Planalto da Mourela. Entre os dois situam-se as serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês. Esse parque tem uma característica interessante, é habitado por cerca de nove mil pessoas

 

Um itinerário pelo Parque, o Soajo, certamente o turista ao avistar os espigueiros de longe, com a cruz no alto do telhado, poderá imaginar uma capelinha. Nada disso,  a cruz tem o sentido de proteção. 

As estranhas construções feitas em pedra eram mantidas  para guardar cereais e tinham apenas frestas pequenas para ventilar e não permitir que animais entrassem nos locais para se alimentar.

Infelizmente,  as pegadas sujas do bicho homem na cachoeira da Portela do Homem, sempre estão em qualquer lugar. 

A natureza em explosão de beleza, com suas cachoeiras e vegetação. Um lugar que está acessível ao homem para usufruir de suas belezas e alimentar-se dos benefícios do ar puro e de um bom banho de rios de montanhas, no verão. Esse filme mostra uma das cachoeiras, a mais linda na minha opinião pessoal, mas que com tristeza observei máscaras de proteção contra o covid-19 jogadas entre as pedras do rio. É inadmissível algo assim! O homem não tem jeito…

 

A serra mais a sul é a do Gerês, cuja porta do Parque, em Campo do Gerês, é a que fica mais perto de Braga. Nesta serra ficam as albufeiras das Barragens da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, locais de grande beleza, tendo esta última submergido a povoação que lhe deu o nome.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês é considerado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera de forma a possibilitar “a conservação do solo, da água, da flora, da fauna e da paisagem.

É uma das maiores atrações naturais de Portugal, pela rara e impressionante beleza paisagística e pelo valor ecológico e etnográfico] e pela variedade de fauna (íbex-ibéricos, corços, garranos, lobos, aves de rapina) e flora (pinheiros, teixos, castanheiros, carvalhos e várias plantas medicinais). Estende-se desde a serra do Gerês, a Sul, passando pela serra da Peneda até a fronteira espanhola. Fonte: Wikepédia.

 

Entrar numa área dessas é como integrar-se a um santuário. Ali, a palavra de ordem é  de respeito e atenção!

A dica fica para brasileiros que têm interesse de conhecer Portugal. O Parque Peneda- Gerês não aparece em muitos roteiros turísticos internacionais. 

É certo que brasileiros têm em abundância parques naturais, mas conhecer, mesmo por leitura e fotos, uma área como de Peneda-  Gerês sempre é como acrescentar conteúdo a mais aos nossos conhecimentos.

Mathangi - mudra ligado ao chacra do ego e da ambição e atua no sistema digestivo.

‘Sanatorium’ é vanguarda ou clichê?

Há controvérsias na obra 'Sanatorium'(2011), que combina arte com psicologia, de Pedro Reyes. De acordo com a curadoria a proposta é oferecer tratamentos que mudam percepção da pessoa para diminuir a aflição urbana. Parece clichê, não é mesmo?

Nem clichê e nem vanguarda, mas um incrível e extenso arquivo social, antropológico e cultural de uma época na sociedade ocidental. Sanatorium é uma instalação performática que existe há 10 anos e tive a oportunidade de visitá-la na sua temporada agora no MAAT, em Lisboa. A mostra percorreu as principais cidades do mundo e propõe aos visitantes três opções, dos 16 tratamentos ofertados, todas as séries acompanhados por voluntários treinados para serem terapeutas.

Provavelmente essa obra irá enriquecer muito mais o conteúdo artístico de Pedro Reyes, mexicano  e sempre genial  em seus conceitos que unem arte e a questão social, do que a nós mesmo. Um ativista que se utiliza da arte interativa para a provocar a transformação, que vejam, não é o caso do Sanatorium.

Digo que possa talvez ser conteúdo para outra obra….

Prestei mais atenção no que significará a instalação para  futuro depois que li sobre as outras obras do artista. 

 Palas por Pistola (2007),  uma proposta artística na fronteira do México com os EUA. Em Culiácan. Armas foram trocadas por eletrodomésticos. Pelo recorde de doações foram derretidas e remodeladas em 1.527 ferramentas de jardinagem, depois distribuídas em escolas públicas para atividades de jardinagem.

Pás de Jardinagem .Palas Pistolas

Vou explicar em poucas palavras o por quê  dessa conclusão  da forma mais simples possível, com base nas três terapias que escolhi como tratamento: Mudrás , Citileaks, Casino Filosófico.

Mudras

Na minha opinião,  que tem muito com as minhas afinidades, achei a mais interessante.

Consiste em conhecer um série símbolos gestuais envolvendo o corpo. Sabem aquela  posição dos dedos das mãos em posição  de Yoga para meditar? São os Mudras.

O terapeuta mostra um série e o  por quê de usá-los e depois convida-o  para criar um próprio.Achei divertido!

Mudra chamado Prithivi
Citileaks

O  tratamento denominado Citileaks é um tanto infantil.  Lembra as brincadeiras de adolescentes. O visitante escreve um segredo seu num  papel, enrola e coloca dentro de uma garrafa preso a um barbante.

Depois tem a permissão de ler o segredo de outra pessoa de uma garrafa a escolher. O segredo que não é mais segredo que escolhi, claro anônimo,  foi de uma mulher jovem relacionado a uma experiência sexual na adolescência, com uma amiga que se tornou um tabu secreto.

Se o artista comparar o material escrito por pais e região poderá tirar incríveis conclusões sobre comportamento e sociedade.  Os temas mais abordados, a sensibilidade, o puritanismo, entre outras questões.

Casino Filosófico

O Casino Filosófico trabalha como um oráculo e sempre é realizado em grupo. Cada pessoa do grupo escreve três perguntas e o terapeuta recolhe e coloca numa caixa. No meio do círculo existe uma série de figuras geométricas com frases de pensadores  a cada lado da figura. 

Cada visitante lê perguntas que retira aleatoriamente da caixa, escolhe e faz girar uma das figuras e a resposta é aquela onde parar.  As perguntas podem ser expostas nas paredes da sala como um painel.

Nessa interação, mais ainda é possível perceber o grande arquivo expondo as sensibilidades de um povo, as questões existenciais.

Pedro Reyes  usa escultura, arquitetura, vídeo, performance e participação. Seus trabalhos têm a finalidade de estimular a intervenção  individual ou coletiva em situações sociais, ambientais, políticas ou educacionais. 

De suas instalações já realizadas, além de Sanatorium, escolhi duas para citar porque  achei geniais no sentido de propor uma mudança de mentalidade:  Música para Litofones e Baby Marxˆ

Música para Litofones

Litofone é um instrumento feito em pedra, blocos monolíticos com cortes paralelos de vários comprimentos e profundidades, que resultam em prismas que, ao serem atingidos, produzem notas musicais diferentes. Sua presença é ao mesmo tempo ótica, tátil e acústica, diferente de qualquer outro instrumento musical. Os litofones são sempre uma anomalia no universo musical, sendo sempre diferentes na sua forma e espectro sonoro.

Não é a primeira vez que Pedro Reyes faz esculturas musicais feitas com materiais inusitados, como é o caso de Disarm (2012), onde transformou armas de fogo em instrumentos, ou Satori (2016) onde trabalhou com gongos balineses percutidos por baquetas mecanizadas. Seis anos atrás, a prática escultórica de Reyes começou a se manifestar em entalhes diretos na pedra, e nessas duas encostas; a escultura em pedra e a produção de instrumentos convergem nestes litofones. Fonte: Wikepédia.

Baby Mark

“Baby Marx” é uma comédia de fantoches, tendo como personagens principais Karl Marx e Adam Smith. Tudo começou como a contribuição de Reyes para a Trienal de Yokohama de 2008 e depois como um projeto para o CCA Kitakyushu. O curador Akiko Miyake e o mestre de marionetes Takumi Ota trabalharam com Reyes para criar uma série de fantoches e um trailer que foram exibidos em uma mostra itinerante no Japão. A produtora mexicana Detalle Filmes se interessou em produzir o primeiro episódio que se tornaria uma série de TV. Um piloto foi filmado em 2009, o que gerou interesse em um filme ao invés de uma série de TV. Recentemente, Baby Marx foi exibido no Walker Art Center, em Minneapolis, e uma série de pequenos clipes foram lançados para a internet. Veja aqui a animação

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Vamos ouvir nossos poetas de rua quando gritam suas verdades!

As alegrias, tristezas, revoltas, conquistas, esperanças, dores, estão nas rimas dos poetas populares que gritam suas verdades nas esquinas do Brasil!

“Há agora uma enorme geração de poetas  que está ocupando as praças, as ruas e construindo uma nova língua, uma nova mentalidade que vai nos guiar…poetas, todos exercendo o seu direito de dizer o que acreditam”,  afirmou o ator e poeta Eduardo Tornaghi, na abertura do encontro das “Quebradas Poéticas”, realizado pelo seu canal no Youtube dos Estados Gerais da Cultura.

O encontro dos EGC deu voz a uma pequena parcela desses jovens, porém eles  estão em todo o Brasil mostrando que a genuína alma brasileira é poética, mesmo na luta diária pela sobrevivência.  “Precisamos ouví-los mais”, disse Tornaghi.

….E as “Quebradas Poéticas” mostraram a voz potente da geração jovem do Rio de Janeiro.  Poeta Xandu, Tio Leo, Slam das Minas, Jessé Andarilho, Slam 188, Tom Grito, Ozazuma, Ratos di Versos. 

Os Ratos di Versos já completaram mais de 10 anos de vida nas ruas recitando poesia pelas quebradas. A história é longa. Vale entrar neste link no Facebook e aí dispensamos as apresentações.  Veja aqui quanta gente participa dessa turma.  Youtube

O coletivo MargiNow iniciou com a ideia de sarau ainda em 2013, com visitas ao Sarau do Escritório (na Lapa), depois foi reunindo referências literárias locais, ativistas culturais da favela do Antares (extremo oeste do Rio) até que em 2015 instalou um sarau, migrou para o Viaduto de Madureira com apoio da CUFA, onde passou a promover batalhas de poesia falada, tanto slam como rap, o coletivo logo passou a realizar clipes e filmes, criaram uma biblioteca de caixote de feira e desde 2020 a instalação de uma biblioteca física é uma realidade na paisagem de Antares, os aliados são muitos, a equipe é família.

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canal YouTube MargiNow:

foto cedida pelos Ratos di Versos

Gente talentosa que tem sonhos e coloca na futuro a esperança de um mundo melhor. Dudu Tererê, falando de Búzios, do Sarau da Praça, abriu o encontro com um Funk. Pelo  Funk da Revolução, encomendado por Eduardo Tornaghi, Dudu cantou humildemente, nas palavras e ritmo deixou o seu recado afirmando suas verdades, dúvidas e desejo de mudança. 

(…) As cidades vão crescendo de forma inconsequentemente.(…)

A ciência já vem alertando é bom você ligar  

acho bom é você ligar,

a mudança começa na gente ou mudo a minha vida para mundo mudar

e fazendo a minha mudança, não me dou por satisfeito eu divulgo a minha experiência para todos amigos com todo o respeito (…)

Slam da Minas

O coletivo Slam das Minas RJ fundado em 2018 promove batalhas de poesia falada, com a pandemia ampliam o alcance através das redes, programas de entrevistas, mostras, e munides da kombi-maravilha fazem entregas via Poesia Delivery, propõe empoderamento de gênero e LGBTQIA+ e participação ativa nas muitas lutas da cidade, os nomes Débora Ambrosia, Rainha do Verso, DJ Bieta, Andrea Bak, e outres fecham a equipe.**página Slam das Minas RJ no Facebook:,  Instagram  Slam das Minas site

Slam 188

Com presença dos poetas Árvore Bonita e Ozazuma, o coletivo Slam 188 promove batalha mensal de poesia falada, propõe inclusão e valorização da vida, tem suporte de psicólogos e intérpretes de LIBRAS, os nomes @poeta_monra & @pretapoetica fecham a equipe.

Instagram  Facebook

PIX Slam 188 – faça a sua contribuição com a chave 188slam@gmail.com

Árvore Bonita

Árvore Bonita é graduanda em pedagogia, Intérprete de Libras, poeta, artista visual, Slammaster e coordenadora de acessibilidade do Slam 188 e Slammaster do Slam Orgasmo.
CONTATO:
@arvore.bonita

Tio Leo

Leandro Mota, ou simplesmente, Tio Leo.  Atua em Búzios desde 2014 na defesa da cultura hip-hop, sendo um dos fundadores do Coletivo Urbano Buziano. Natural de Niterói, pai de três filhas.
Ativista e Produtor Cultural, poeta, raper e mestre de cerimônias,  Tio Leo do Coletivo Urbano Buziano -Tio porque foi escolhido como referência pela garotada da nova geração da fala/desafio/improviso em rima.

Jessé Andarilho

Jessé Andarilho é escritor, palestrante e produtor cultural. Cria da favela de Antares escreveu os livros: Fiel (Objetiva) e Efetivo Variável (Alfaguara) e Super Protetores (Itaú Leia para uma criança). Além disso, é presidente do Centro Revolucionário de Inovação e Arte (CRIA) e criou o projeto marginow para ampliar as vozes de artistas das periferias. Sua nova empreitada é a criação de uma biblioteca comunitária no local onde funcionava o antigo posto policial de Antares
CONTATO:
Insta: @jesseandarilho
Zapzap: +55 21 96454-8363

Gente que precisou lutar pelo seu espaço na rua porque a sociedade perde-se nas regras dos bons costumes. Sarau da Praça, em Búzios, por exemplo, nasceu por uma violência policial. A meninada fazendo poesia e se expressando quando os policiais entraram para dissipar o grupo. “Vou ensinar vocês se expressarem disseram eles”.

O grupo não denunciou, pelo contrário foi à prefeitura exigir espaço e liberdade para o seu projeto acontecer. E o Sarau da Praça hoje existe à revelia dos policiais. Quem sabe agora os próprios policiais não estão lá a ouvir nossos poetas recitarem suas verdades?

 Mas Dudu sofreu o trauma da violência por um bom tempo e relata a experiência no encontro online. Assista mais abaixo o vídeo que mostra muito mais, além da história de Dudu, muita poesia…..

A arte transforma mesmo na dor e na tristeza e nossos poetas de esquina sabem muito bem que isso é verdade. O encontro Quebradas Poéticas  teve como mestre-sala o ator Eduardo Tornaghi,  e mostrou que a nova geração no Brasil tem mais a poesia como arma e a arte no coração!

Ozazuma ( Foto 1)

Ozazuma é Daniel no RG, artista independente slamaster do slam188 , slammer, futuro pedagogo, produtor cultural e poeta. 

É tímido, introvertido. Mas tem a sensibilidade à flor da pele como idealizador do Slam 188, para não ver mais poetas morrendo. “Não  falo só da questão do suicídio, mas da vontade do poeta de estar vivo simplesmente, que acaba só sobrevivendo”.

Poeta Xandu (foto 2)
Poeta Xandu é carioca, tem estrada na poesia falada, atua no sarau Ratos Di Versos (Lapa-Rio), editor e escritor em fanzines, blogs, livros, segue sempre em viés coletivo, urbano, a cidade importa.
__Contatos: poetaxandu@gmail.com //  www.facebook.com/ratos.versos
Gênesis

Poeta, slammer, contadora de histórias e atriz. É uma das organizadoras do Slam das Minas RJ, uma batalha de poesia só para mulheres que acontece em todo RJ. Publicou seu primeiro livro infantil “Cadê Martin?” pela Chiado Editora, e seu livro de poesia “Delírios de (R)existência” pela Padê editora. Tem participação no livro “Identidades” da Ed. Conexões, uma coletânea com 18 escritoras negras. Em publicações independentes integra o primeiro caderno de poesia do Slam das Minas RJ, e seu fanzine “O poema sai enquanto você entra”. Em 2019, participou do do primeiro Slam de Poesia que aconteceu no Rock InRio, no Espaço Favela.
Tem sua poesia na Abertura do novo álbum da Cantora Zélia Duncan, “Eu sou Mulher, eu sou Feliz”.
Em 2020 estreou como atriz na websérie lgbtq+ “Contos Latentes – Extremos” no Youtube. Idealizadora do programa de entrevista Mapas para o futuro no Youtube.
CONTATO:
Insta: @desde.o.principio
Zapzap: +55 21 99129-2002

Tom Grito

Tom Grito é poeta @tomgritopoeta Dedica-se à poesia falada (spoken word/poetry slam) e às micro-revoluções político-sociais onde a poesia incinera, afaga, afeta e transforma. Pessoa não binárie transmasculine, utiliza pronomes masculinos e neutros (ele/elu/elle/él/he/they).
Entusiasta da cena de poetry slams e saraus de poesia no Brasil, interessa-se também pelo estudo de plataformas para a possibilidade de extensão poética como a performance audiovisual, poesia sonora e teatro. Participou ativamente da fundação dos coletivos poéticos Tagarela, Slam das Minas RJ e Transpoetas. É residente de pesquisa em artes no Museu de Arte Moderna do Rio (2021).
E neste ano (2021) representou o Slam-BR no 2o. Torneio Amistoso Online Abya Yala ficando na quarta posição entre 12 poetas de latinoamérica e Haiti. Campeão da final do Slam das Minas SP 2021.
CONTATO:
Insta: @tomgritopoeta
Zapzap: +55 21 98368-8508

Quebradas Poéticas foram mostradas aos leitores como um pequeno exemplo que nas esquinas do Brasil, mesmo com gente conclamando às armas, à guerra civil, nossos poetas estão aí, jovens, criativos já mudando o mundo, a linguagem, a vida.

Vamos ouvir nossos poetas de rua quando gritam suas verdades!

 

mural de Shamsia Hassani - foto via Instagram da artista

Shamsia Hassini conta sobre a angústia da mulher afegã no silêncio das imagens

Nos grafites de Shamsia Hassini a voz da mulher afegã encontra eco, porém no silêncio. Só nas imagens e na cor.

A  personagem que Shamsia criou está em paredes  e  muros de Cabul e de algumas grandes capitais no mundo. Começou retratá-la com burca, mas deixou de lado a burca e a repaginou como uma mulher moderna, corajosa e orgulhosa de sua condição feminina e de sua identidade cultural.

Além dos murais, a artista usa a fotografia como técnica aliada a pintura.  Ao criar a figura feminina, a compôs como uma mulher solitária, forte e corajosa, porém delicada, de semblante tristonho, sempre com os olhos fechados e sem boca traçada. 

Na verdade, numa análise crítica, Shamsia retrata o perfil da mulher afegã. Quieta, escondida, vigiada, sem voz e com muitos medos. As imagens são potentes nas mensagens, impressionam e comovem quem as visualiza. Impossível não escrever sobre ela.

“A arte muda a mente das pessoas e as pessoas mudam o mundo”, escreve ela na entrada do seu site oficial. Para saber mais clique aqui.

Pouco fala sobre si e seu currículo no site. Sua comunicação é pelas imagens de suas obras. Compreensível, sobretudo agora com a volta do Talibã ao poder. Mas pela arte ela percorre o mundo e conta o drama e expõe a alma dessas mulheres que geram filhos cercadas pela violência.

Em tempos de abertura política, a artista conseguiu percorrer diversos países e mostrar seus murais. “Os trabalhos de graffiti de Shamsia Hassani foram exibidos em todo o mundo. Seus murais são peças de arte em paredes do Afeganistão, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Índia, Vietnã, Suíça, Dinamarca, Noruega e outros países”, fonte site oficial.

A mulher-mãe que gera um filho para guerra. Um obra comovente e forte na mensagem. 

. Tem algo mais eloquente que simbolize a liberdade do que uma ‘pipa’ pegando carona no vento e alcançando as alturas?

A pandemia, na criação de Shamsia, têm uma versão mais perturbadora para a mulher. Percebem o detalhe das grades na janela?

Shamsia Hassani é a primeira mulher grafiteira do Afeganistão. A jovem de 33 anos retrata por meio de suas obras de arte mulheres afegãs em uma sociedade difícil.

Filha de refugiados afegãos, Hassani começou a fazer grafite e arte de rua em 2010, após graduar-se na Universidade de Cabul em pintura e artes plásticas. 

A descrição de seu perfil no Instagram é bastante resumido e discreto, com 443 publicações, todas imagens de obras suas. No entanto, Shamsia têm  237 mil seguidores. 

 

O vídeo é de 2016 numa outra situação política diferente da atual. O pensamento da artista é de uma mulher que sonha e acredita que a arte tem o poder transformador.  Ela sonha por um mundo melhor.