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Leonardo DiCaprio to Donate John Gerrard’s Massive Installation to LACMA

 

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John Gerrard, Solar Reserve (Tonopah, Nevada) (2014). Photo: Courtesy Lincoln Center.

Original publication Artnet’news  – Actor and superstar collector Leonardo DiCaprio has announced plans to donate Solar Reserve (Tonopah, Nevada), a massive installation by John Gerrard, to the Los Angeles County Museum of Art (LACMA), according to the Art Newspaper.

PanHoramarte comment the fact and highlights the initiative, especially, because it’s art that exalts the environmental issues and promoting the causes and reflexion about the quality of life on the planet

John Garred is an Irish artist, who grew up in the countryside outside of Dublin. In his works he uses sophisticated techniques of multimedia, software and cutting-edge technologies and a dichotomy: your art is reflections on the poetic nature too.

The moving image installation seeks to raise awareness about climate change using a simulated landscape that registers computer-generated images of the tower at a solar thermal power plant in Nevada. Ten thousand mirrors are employed around the “solar thermal power tower” to form a thermal battery. Every day, the installation reflects the orbits of the sun and moon, as they would appear in Nevada, according to the press release.

In this monumental work, Gerard used 3D technology to simulate the Nevada site down to the smallest detail (see John Gerrard’s Chilling View of Solar Heat).

The artist has created five editions of the work as well as two artist’s proofs. Solar Reserve was last installed outside Lincoln Center in 2014 in association with the Public Art Fund, and will be shown at Art Basel’s Unlimited section next week, thanks to London gallerist Thomas Dane. Whether or not Leo himself will make an appearance in Basel remains to be seen (see Leonardo DiCaprio, Mike Myers, Grace Celebrity VIP Frieze New York Preview).

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DiCaprio has a long history with LACMA, having co-hosted their annual film gala for the past four years. He’s also been a longtime advocate for climate change awareness and founded the Leonardo DiCaprio Foundation in 1998 to raise funds for environmental issues.

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Leonardo Di Caprio poderá doar obra de arte sobre meio ambiente ao LACMA

O ator e astro Leonardo Di Caprio poderá doar a Solar Reserve (Tonopah, Nevada), uma instalação monumental feita por John Gerrard, para o Los Angeles County Museum of Art (LACMA), de acordo com o Art Newspaper.

PanHoramarte divulga o fato e destaca a iniciativa, sobretudo por ser uma obra que exalta a questão ambiental e promove causas em prol do equilíbrio e a qualidade de vida do planeta.

John Garred

John Garred  é um artista irlandês, que cresceu no campo, fora de Dublin. Em suas obras usa sofisticadas técnicas de multimídias, software e tecnologias de vanguarda e em uma dicotomia, provoca por elas reflexões sobre a poética da natureza.

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Artist research material for John Gerrard Solar’s Reserve Tonopah, Nevada) (2014). Photo: SolarReserve. Foto internet do site artnet.news

“A instalação é uma paisagem simulada que mostra imagens geradas de um computador em uma torre solar termodinâmica em Nevada. A obra visa aumentar a conscientização sobre as mudanças climáticas com a paisagem representada. Dez mil espelhos são empregados em torno da “torre de energia solar térmica”  e traçam as órbitas do sol e da lua.

Neste trabalho monumental, Gerard usou a tecnologia 3D para simular o site em Nevada até ao mais ínfimo detalhe (ver Vista Chilling de John Gerrard de Calor Solar).

O artista criou cinco edições da obra, bem como duas provas do artista. Solar Reserve for para Lincoln Center em 2014, em Nova York, em associação com o Fundo de Arte Pública, e foi mostrado na Basileia, na Suíça, em junh, graças ao galerista de  Londres Thomas Dane. 

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DiCaprio tem uma longa história com LACMA, que  co-organizou  a gala anual de cinema durante os últimos quatro anos. Ele também tem sido um defensor de longa data para estimular a conscientização sobre alterações climáticas e fundou a Fundação Leonardo DiCaprio em 1998 para arrecadar fundos às questões ambientais.

O herói do Titanic já havia coletado, por intermédio de sua fundação, obras dos artistas Walton Ford, Sterling Ruby e Mark Grotjahn em 2013 para financiar atividades. As obras foram colocados em leilão pela Christie’s e as arrecadações alcançaram quase US $ 40 milhões”.

Publicação original no artnetnews e exibart

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Lágrimas para um rato

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Por Luiz Ernesto Wanke – A noite estava terrível de fria e o preso não conseguia dormir porque seus pensamentos estavam bem longe. Arcides – seu nome – se revirava na cama com saudades da liberdade. De madrugada, com o cansaço finalmente chegando, conseguiu se aquietar e estava fechando os olhos quando sentiu arranharem seu calcanhar. Pulou da cama e deu de cara com um ratão encarando-o.

“ – Seu filho de uma puta!” gritou procurando o sapato para tentar acertar uma pancada na cabeça do bicho.

O rato nem se assustou com o escândalo do Arcides. Só fez andar mais um pouco e se acomodar na esquina do ‘boi’ (banheiro). Lambeu uns respingos e ficou cheirando o chão molhado.

“ – Vou lhe matar, seu cão danado!” gritou Arcides.

O rato só levantou a cabeça. Parecia que não tinha medo.

“ – Desgraçado, corra, vaza!”

Nada.

O rato estava impassível para sua surpresa. Internamente divagou se aquilo estava acontecendo.

“ – Está com fome?”

Estendeu o braço por cima do companheiro que dormia e pegou sua calça pendurada do outro lado. Afundou a mão no bolso e tirou um pão meio duro. Arrancou um naco e jogou-o para o rato.

“ – Coma e se mande! Quero dormir!”

Enquanto o rato ruía o pão, Nhô Arcides, pensativo, ficou observando-o. Não é que aquele bicho podia ser seu parceiro? Ora, a cadeia era lugar de gente, mas também de ratos! Só que em comunidades separadas: enquanto uns se recolhiam, outros dominavam o pátio. A diferença é que na vez dos ratos não tinha guardas que os controlassem. Pensando bem, tinha outra: enquanto queria muito ir embora, os ratos adoravam o lugar! Lá em baixo, corriam para todos os lados, fuçavam os restos de comida abandonadas pelos presos e até invadiam a cozinha pulando de panela em panela numa festa barulhenta. Ora, cadeia é o lugar onde não falta o que comer e ali nenhum rato passa fome!

Nhô Arcides deitou-se na cama e ficou lá pensativo. Lembrou-se quando fazia ‘pescaria’ de ratos. Era assim: amarrava na ponta de uma cordinha um resto de carne ou pão, algo que um rato pudesse engolir de vez. Pela janela do cubículo soltava a linha e lá em baixo os bichos se amontoavam disputando o naco. Na pressa, um deles engolia o pedaço inteiro e aí era ‘pescado’.

Mas para que serve um rato? Ora, os presos da galeria faziam um jogo, apostavam dinheiro e soltavam o rato no corredor do corredor. Aí aquela ala virava um inferno tal a gritaria tentando afugenta-lo. Ele, desorientado, geralmente entrava numa das celas e era morto com um chute. Quem conseguia, raspava a bolada.

Naquela noite, Arcides dormiu meio atravessado na cama. Nem viu o rato sair.

Voltando toda a noite, assim a ratazana foi se ambientando na cela. Claro, ia buscar seu direito, o quinhão de comida e tinha até uma latinha sua para o alimento. Acabou ficando tão íntimo que Arcides fez uma caixinha de madeira para leva-lo para o trabalho na cantina da cadeia. Ninguém botava a mão no Xororó, seu novo nome, por causa do topetinho arrepiado.

Com o tempo o rato passou a acompanha-lo ao seu lado, tal como um cachorrinho.

Mas um dia Arcides se atrasou e teve que ir sozinho preparar o café para os companheiros. Sem problemas, porque Xororó sabia o caminho.

E lá foi o rato sozinho atrás do dono, balançando as anquinhas do andar no chão liso e encerado do piso. Mas, azar, um guarda estranhou aquele rato nojento no meio do corredor, andando tranquilamente, como se estivesse desfilando numa passarela.

Não teve dúvidas: correu e alcançou o bicho. O animal só fez olha-lo curioso, não parou nem fugiu. Era a sua personalidade…  ‘O que será que este cara quer?’ deve ter pensado porque já estava acostumado com gente.

Então o guarda deu-lhe uma botinada violenta e fatal, com tanta força que jogou  Xororó contra a parede do corredor. Depois, recolheu o rato morto pelo rabo e sumiu.

Nhô Arcides sentiu a falta do amigo. De noite ficava horas esperando sua volta. Da cela olhava aquela ratarada zanzando no pátio na esperança de rever o amigo tão querido. Mas não tinha como. Mudou seu comportamento porque nas folgas ia ao pátio procurar Xororó, de buraco em buraco. Também passou a ser defensor intransigente dos animais… Aí de quem matasse uma mosca ou uma barata na sua frente! E os defendiam raivoso:

“- Gostar de cachorrinhos e gatinhos é fácil. Quero ver amar este outro tipo de animal que chamam de nojentos. Afinal eles também têm direito à vida!”

Sem nenhum sucesso, procurava uma explicação para o sumiço. E nestes casos surgem palpiteiros criando teses e mais teses. Um amigo contou-lhe que corria o boato que Xororó tinha sido vítima de um daqueles jogos de perseguição da galeria, numa aposta da ala dos presos assassinos… Perguntando aqui e ali, também deu em nada.

Enfim, o tempo foi mitigando a lembrança do rato amigo.

Quem me contou esta história jura que toda a vez que alguém falava do Xororó para provoca-lo, o cantineiro ouvia calado. Quando insistam, ele se lamentava: ou se julgava abandonado pelo amigo ou se culpava pelo seu desaparecimento.

E quando aquela  conversa voltava para as lembranças do Xororó, Arcides sempre se virava tentando disfarçar uma lágrima furtiva.

Do livro inédito ‘Pobrete mas Alegrete’

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‘Cade la pioggia forte dentro di me’

 

Dopo la pioggia ero innamorato, ma pensavo nel finale di questo amore e presto, prima che la pioggia finisse sono uscito subito, perché non mi piacevo vivere fino al finale.
Tutto succede in un periodo e i momenti sono belli mentre succedono, ma tristi e nostalgico quando diventano passato. Paghiamo i momenti di felicità guadagnando la tristezza con il ricordo. Tutte le cose finiscono e rammentano la morte perché nostra vita sta esaurendo ogni minuto. Ora non volevo che la vita finisse, volevo aumentarla in tutto.

Così,non esisterebbe più debito con la tristezza, né per te, né per la solitudine. Prima dobbiamo pagare il nostro prestito personale e chi non lo fa, non è in grado di provare la sua solitudine, sua malinconia e sua felicità. Già siamo nati con i prestiti propri e anche abbiamo ricevuto dell`umanità. Chi non paga i suoi prestiti personali, non pagherà nemmeno all’umanità, poi cadrà per terra.

Poi il ricordo del mio primo amore, quei giorni in cui avevo 40 gradi di febbre e stesso così, io volevo andare a scuola soltanto per vedere la sua faccia. Nel fra tempo tra una lezione, mettevo una lettera d’amore dentro della giacca sua, sentindo paùra. Lei si identificava con la sua giacca rossa. Dove sei e che fai adesso? Non lo so! Mas noi due siamo dimenticati e ci deterioriamo come quella giacca rossa e le lettere d’amore. Anni fa ho ascoltato che lei aveva sposato e era professoressa. Aveva figli o sarà felice? Forse a volta lei anche si ricordava dalla nostra infanzia, come un’acqua torbida.

Abbiamo perso molti amori

Non soltanto abbiamo perso i fogli del calendario dei giorni e mesi che sono passati, anche abbiamo perso i nostri amori. Io non volevo essere un viaggiatore che ha perso il suo treno, né volevo andare nei treni degli altri. Un giorno sono svegliato dentro di una densa foresta, buia e verde e andavo con difficultà dentro di lei e il mio corpo sanguinava .Lentamente ho continuato a camminare. Nostre vite non sono cosí? Sempre avanti e soltanto noi ci fermiamo quando arriva il nostro fine.

Arrivo nella montagna, nel mese della malinconia e nella stazione della solitudine. Lì, ho incontrato con un gruppo di lupi affamati. Non mi hanno fatto nulla, soltanto mi guardavano con gli occhi affamati, tristi e pieni di malinconia. Loro hanno capito la mia missione di salire fino all’alto, dove finalmente io sono arrivato. Lontano da me valli e terre correvano, tutta la natura era bianca, come se vestisse di bianco mentre la luce del sole che brillava timida. Ho gettato il mio corpo sulla neve e mi sono immerso dentro del mio cuore.

                                                     Te l`ho dimenticato nella strada lontana

                                                                E là mi sono ricordato di me