O rio Mozel, Mozelle em Francê e Die Mozel em Alemão, que passa pela Alemanha, França e Luxemburgo, certamente inspirou os contadores de histórias a compor e criar personagens com enredos mágicos.
Pequenas comunidades, que vistas à distância, mais parecem casinhas de bonecas de um quarto infantil, que em plena primavera e verão desabrocham para o turismo.
As águas do Mozel seguem toda a Europa Ocidental e desaguam no Reno, em Koblenz. A região é famosa pela produção de um saboroso vinho branco. O passeio é mais aproveitável quando feito de carro, parando nas pequenas cidades típicas, plenas de produtos artesanais e bons vinhos para degustar.
A rota pode começar a partir de Luxemburgo, depois Shengen, conhecida pelo acordo internacional e seguir para Trier, na Alemanha. Uma cidade em que se fala alemão e francês e que foi fundada pelos celtas e conquistada mais tarde pelos romanos, que deixaram como herança para humanidade a grande Porta Negra.
Também dar uma rápida passada em Cochen, uma cidade um pouco maior apesar de típica e conhecida pelo castelo localizado no alto da colina.
O roteiro do Mozel é uma opção para o turista que aprecia a natureza, a paz das colinas, comida típica e história de um povo que construiu sua própria história no passado. As paisagens campestres e a beleza bucólica darão boas fotos, inesquecíveis lembranças de uma viagem tranquila, num mundo em que o tempo parou depois de um inverno rigoroso, para que seu povo possa desfrutar placidamente das estações do sol e das flores.
O escritor inglêsConn Iggulden, que é sinônimo de best seller no mundo, tem o prazo de 11 meses para escrever uma obra e assim que começa já define antes o final do livro. “No início escrevia sem planejar, mas quando comecei o primeiro livro de ficção histórica já sabia qual seria a última linha antes de terminá-lo e percebi com isso, que é mais fácil para trabalhar quando temos um prazo”, conta. Iggulden pertence ao seleto grupo de escritores que vive exclusivamente de literatura neste planeta.
Ele é autor de O Imperador, quatro volumes que relatam a vida do imperador romano Júlio César – já lançado no Brasil – outro mais recente resgatou a vida de Gengis Khan em O Conquistador. O escritor revela que para conhecer melhor a história do imperador mongol permaneceu um mês na Mongólia vivendo e conhecendo a cultura. “Quando imagino um tema, antes de começar a escrever visito o lugar e o povo e me mantenho conectado com as livrarias e bibliotecas em Londres, que me avisam quando encontram qualquer informação que irá contribuir para o meu trabalho”, afirma.
Para o autor de oito livros, escrever sobre ficção histórica não é a mesma coisa que produzir um livro sobre hobby, como o primeiro que escreveu em parceria com o seu irmão Hal. O títutlo da obra é “O livro perigoso para garotos”. “Eu e meu irmão trabalhávamos num galpão e era como um hobby que relatava o gosto por atividades como jogar bola de gude ou gostar de arco e flecha. Portanto, escrever sobre este tema possibilitava a condição de finalizar a tarefa diária da escrita e esquecer o assunto livro, bem diferente do que escrever sobre ficção histórica que se pensa no livro o tempo todo. Tem ele na cabeça de manhã à noite, até terminar”.
De qualquer modo,o escritor explica que adora histórias e reconhece que esta inclinação herdou do seu avô irlandês. “Ele era um autêntico “seánachai”- contador de histórias”, afirma. Ao começar a escrever sobre Gengis Khan, Iggulden sabia que precisava saber mais sobre os mongóis e o tempo que ficou convivendo com eles descobriu algumas referências únicas da cultura: cabelo preto, pele avermelhada, adoração total pelo cavalo e, com certeza, que tiveram os anscestrais americanos porque cruzaram o Estreito de Bering, provavelmente eram índios Apaches.
“A Mongólia é um lugar muito estranho e o povo perdeu a sua própria história. Para eles, Gengis Khan é considerado um herói porque unificou as tribos e formou uma nação, apesar de ter sido uma pessoa extremamente cruel”. Iggulden acredita que é inevitável a empatia que o escritor tem com o personagem que escreve e no decorrer da obra, por ser ficção, o autor faz uma escolha. “Quem não concorda com o ponto de vista deve mandar algo por escrito informando sobre o assunto. Prefiro que as pessoas façam isto. É uma forma também de demonstrar interesse pela obra”.
Eis alguns comentários sobre a série Gêngis Khande blogs brasileiros. Para quem gosta de sagas históricas vale ler as séries do escritor britânico.
A entrevista de Conn Iggulden foi feita pelo PanHoramarte com base em uma palestra que participou do Salão de Idéias, em uma das bienais do livro de São Paulo há alguns anos. A reprodução da entrevista é válida para um país como o nosso, cujo o mercado de livros tende a crescer.
Iggulden foi acessível e simples, autografou os livros e fotografou com quem desejasse guardar a lembrança de posar ao lado de um escritor de sucesso. Nasceu em Londres e formou-se em inglês pela London University. Trabalhou como professor por sete anos, até a publicação dos Portões de Roma, primeiro da série O Imperador.
Ao apresentar um espetáculo de malabarismo, a artista italiana Emilia Tauestabelece uma conversa com a platéia sobre a importância da vida. É a sua catarse.
Mensagem
“A técnica para o artista é apenas um meio que deve surpreender ao ponto de abrir espaço para que, por intermédio dela possamos passar a nossa mensagem, seja ela qual for, política, ambiental ou social ”, afirma Emilia.
“Quando a técnica impressiona, é perfeita e forte, dá credibilidade para que possamos falar de tudo e provocar como ser humano o encontro com o outro”.
Foto por Dario Torre
Circo
Emilia conta que o circo na Europa está vivendo um momento de muita efervescência, de um lado pela grande criatividade dos artistas e de outro pelas inúmeras possibilidades de trabalho, tanto em escolas de circo quanto em apresentações de espetáculos. Porém, em alguns países da Europa, o circo não tem muita força como é o caso da Itália.
A França e os países do norte são os que mais apreciam as artes circenses. Ela estará este ano participando da Convenção Européia de Malabarismo, que será realizada na Finlândia, em agosto.
Esta jovem italiana, que é formada em Direito Internacional e há mais de 10 anos se dedica às artes circenses, não pertence ao chamado circo tradicional, aquele que é administrado por uma família e apenas se apresenta sob uma lona. Ela faz parte do circo moderno que envolve a performance, teatro, música e outras formas de expressões artísticas.
“As artes circenses não estão mais restritas a uma habilidade técnica, sobretudo desenvolvem uma maneira de exprimir sentimentos”, diz ela.
Foto por Anne Coudron
Dramaturgia
Sua dramaturgia está direcionada aos problemas do homem em relação ao mundo, no aspecto contemporâneo, no consumismo, no excesso de valores materiais. A artista usa a arte como uma catarse que a possibilita conectar-se com o público.
“Quando uma pessoa assiste um espetáculo alguma coisa se transforma dentro dela, mesmo que ela não entenda totalmente o que está sendo apresentado. “É um momento em que se fala de algo novo que pode ser capturado pelo público para que depois possa ser questionado e colocado em discussão”.
Cirque di Soleil
Para Emilia, o Cirque di Soleil é uma mutinacional que deixa um pouco de lado a poesia do verdadeiro circo, porém, funciona como um grande catalizador para mostrar às pessoas o que é o circo contemporâneo.
“Na viagem que fiz à Grécia conheci em diversos locais, muitos espaços reservados para o teatro na antiguidade e percebi o papel importante que ele teve na história desta civilização e acredito que sempre terá na evolução de uma cultura. É uma necessidade social. O método do circo é simples e aproxima as pessoas.”
Um exemplo, conta, foi o trabalho que desenvolveu na Índia com a Companhia Francesa Jonglorsion, de Jean Daniel Fricker, seu professor. Segundo ela, os indianos se identificaram muito com a técnica do malabarismo e isto os motivava a se aproximarem de nosso grupo.
Balcãs
Emilia Tau esteve na região dos Balcãs, Leste europeu, com o espetáculo World Autobigrafia , um projeto dela e do fotógrafo Bertrand Depoortére. A proposta foi de contar sobre a vida de uma forma lúdica a um povo que vivenciou a guerra. “O circo oferece condições de se aproximar de pessoas marcadas pelo sofrimento”.
O espetáculo apresentou uma visão do mundo, com projeção de super 8, registros de sons, sob a responsabilidade do fotógrafo Bertrand Depoortère, e a manipulação de objetos e antipodismo. O malabarismo com os pés, o que faz Emília, é originária do circo tradicional, mas era feito com cadeiras e objetos maiores. Ela faz com “pallina”, bolas pequenas.
A artista nasceu em Lecce, Sul da Itália e hoje vive na França. Considera a internet uma importante ferramenta de comunicação e contato, contudo, faz a ressalva, que hoje, apesar dos jovens aprenderem muito com a web, até a técnica do malabarismo via internet, o uso abusivo da ferramenta, poderá ser maléfica, viciar, quando utilizada exaustivamente. A artista finaliza dizendo que busca a simplicidade e acredita na igualdade entre as pessoas.
É indispensável colocar no roteiro de passeios em Roma, Itália, uma visita em dois cafés famosos, Canova-Tadolini e Antico Café Greco.
A dica é para o viajante que aprecia entrar em lugares em que o ambiente é a própria história. Aquele turista que gosta de se transportar no tempo e entre um gole ou outro de café imaginar que personagens famosos estiveram ali no passado.
Tanto Canova-Tadolini quanto Café Greco são tradicionais e receberam ilustres visitantes. O primeiro é mais que um café, também um local para encontros de fim de tarde, para bebericar Prosecco e aperitivos e possui um mini-museu com as esculturas dos artistas da família Tadolini, com algumas obras de Canova.
O local foi o antigo ateliê da família que gerou quatro gerações de escultores e quando transformado em comércio foi o grande ponto de encontro de artistas na década de 50.
A designer romana Nicoletta Ferrari (79), viveu sua juventude de estudante de artes passando muitas tardes em bate-papos no Canova-Tadolini. “Il Corriere della Nazione”, em 24 de julho de 1955, publicou uma matéria sobre a inauguração do espaço contando que os Tadolini eram de Bologna e pouco se sabe do início, mas a história pode começar em 1660 com Giuseppe Giovanni Tadolini, ourives de renome na cidade.
O espaço localizado no número 65, da via Baubuíno, paralela a via del Corso, no centro de Roma, é repleto de esculturas de diversos artistas, mas a maioria dos Tadolini, incluindo a oficina com as ferramentas. Ao custo de 13 euros é possível beber um Prosecco acompanhado por deliciosos petiscos e apreciar as obras e o local com tranquilidade, num fim de tarde de verão na cidade eterna.
O Antico Café Greco localizado na via Condotti, perto da Piazza Spagna, que segundo os registros históricos, no século XIX difundiu a ideia do café servido em xícara pequena, como forma de manter a qualidade do produto e driblar a recessão que se alastrava na Europa nesse período, é hoje muito procurado por turistas. O espaço mantém o mobiliário antigo e um café custa em torno de 7 euros. Vale gastar um pouco mais e curtir esses lugares ilustres que transportam o visitante para algum lugar do passado.
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