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Férias no pedal

Qual é a sensação se eu disser que acabo de voltar de uma viagem em bike pela Holanda? O que você sentiria se eu dissesse que tive umas férias super diferente esse ano e fugi da famosa praia, amigos, cerveja e aluguei uma bike para viajar 7 dias, percorrer 360 km e conhecer lugares pitorescos, inusitados e surpreendentes?!

Pois é, passar férias sobre uma magrela quem sabe foi uma das experiências mais bonitas que tive. À parte de outras férias que peguei esse ano e tenho muita vontade de contar, mas essa quem sabe é a melhor para compartilhar e para motivar as pessoas a fazerem o mesmo.

Existem momentos, dias, recordações que só podemos levar com nós mesmos. Quando você tenta dividir essas emoções, parece que as pessoas nunca vão entender exatamente sobre o que foi, o que você viveu e o que você quer transmitir. No entanto, certos momentos são tão poderosos que você sente essa necessidade de compartilhar e de gritar pro mundo inteiro como foi e o que você viveu. Tenho essa sensação e essa vontade bastante vezes; contar um pouco dela só faz com que a minha alegria aumente, e volte a reviver certos momentos.

Também é uma forma de mostrar que existe um  turismo mais sustentável, mais devagar e sem stress. Férias no pedal permitem ver o entorno, pensar na vida, e desfrutar de uma paisagem e tempo que você não faria dentro de um carro a mais de 80 por hora. Além de contribuir com as emissões de carbono, de consumir menos (gasolina, roupa, bugiganga), você vê, observa o entorno de forma diferente.

E como eu acho que isso é uma corrente, e que gentileza gera gentileza, e que boas ideias geram outras boas ideias, venho aqui escrever sobre essa maravilhosa experiência de percorrer Holanda no pedal.

Um ano atrás a porteira do meu prédio aqui em Madri me falou que acabava de voltar dessas férias. Disse que esteve a semana inteira viajando em cima de uma bike com 4 amigas e que valia muito a pena. Perguntei tudo, e ela me passou o nome da agência de turismo… sim, foi tudo organizado (hotel, transporte de bagagem, e as bikes que já estavam esperando por ela quando ela chegou em Amersfoort). Adorei a ideia, mas sinceramente não gosto que me organizem a vida.

Dessa forma, pedi para ela a rota e tratei de montar do meu jeito todo esse tour. Em vez de hotels, aluguei quartos de Airbnb em cada cidade, mudei a rota, começando de Amsterdam e terminando ali depois de 6 dias – ou seja, viagem circular – e comecei a buscar lugares na cidade que me alugassem a bicicleta por uma semana para poder fazer a viagem que tinha planejado.

Tudo organizado, agora o negócio era a bagagem. Eu não queria que transportassem a minha mochila. Não tinha sentido viajar em bike e ter um carro detrás de mim que levasse minhas coisas. Que sentido teria fazer uma viagem mais ecológica quando sabe que vem um carro fazendo o mesmo percurso para levar um monte de parafernália de uma lado para outro. O negócio e montar uma mochilinha, e não estou de brincadeira, uma mochilinha mesmo, com o básico para esses dias.

Foram 5 quilos para ficar 9 dias na Holanda. Em pleno verão, e é certo que a roupa de verão pesa menos. Mas não podemos deixar a capa de chuva e nenhum momento. Tênis cômodos e nada de excessos e pensar em ficar lindona para sair. Isso é uma viagem de básicos. E nesses básicos incluem um kit primeiros socorros para qualquer emergência.

Depois era colocar a roupa que você já pensava em começar e mandar ver.

Primeiro dia – Amsterdã a Zandvoort / Noordwijkerhout

Primeiro dia de viagem é sempre uma surpresa. Primeiro porque você não sabe se o treino que você fez durante esses dias vai ser suficiente, se vai acontecer alguma coisa, se você vai saber andar de bicicleta de novo (vai saber, faz tanto tempo que você não treina na rua que fica com medo), e se vai ter grandes problemas em encontrar o caminho.

À parte disso, o imprevisto foi bem maior do que esperávamos. Nosso primeiro dia de viagem chegou com um tornado que passava justo por Amsterdam esse dia. Os ventos eram tão forte que conseguia parar completamente com a bike. Era horroroso. O problema é que já tínhamos percorrido 20 km quando começou. Estávamos em Haarlem, admirando os pitorescos “hofies” – jardins dos seculos XVIII e XIX que foram preservados pelos habitantes mais abastados para que as viúvas idosas pudessem trabalhar e ter ingressos e assim não passariam fome – quando a ventania começou.

Foi tudo muito inesperado, porque o último que pensamos é que poderia ventar tanto. Planejamos a viagem com chuva e com sol, mas não com vento. E muito menos com um tornado. Quando cheguei no quilômetro 40 lembro-me que comecei a chorar e  pensava onde eu tinha me metido. Não tinha para onde correr. Não havia trem, estávamos a meio caminho entre um lugar e outro. Ainda assim as paisagens eram lindas… só que não tínhamos previsto tudo isso.

Chegamos às 9 da noite na cidade e no Airbnb que tínhamos reservado. Problema numero 2: janta. Praticamente todos os lugares fora de Amsterdam não servem janta depois das 9:30.- Tínhamos que correr se queríamos pegar algum restaurante aberto. Foi possível comer alguns nachos com queijo, mas estava claro eu se queríamos que essa viagem fosse mais prazerosa tínhamos que nos organizar melhor no segundo dia.

Segundo dia – Noordwijkerhout – Haia

Bom… o dia começou já com o meu medo de ter a mesma ventania ou mais do dia anterior. Nossos anfitriões do airbnb nos disseram que o prognóstico era mais favorável. E assim foi. O dia foi complicado porque atravessávamos a costa e as dunas de areia de Noordwijk, uma praia interessante para ver, mas não para nadar. E olha que eu adoro água fria.

De ali o caminho segue por Leiden, uma cidade conhecida pela sua universidade e alguns museus interessantes de etnologia. Mas o melhor foi o parque maravilhoso que atravessamos quando entramos em Haia. Aliás, que cidade maravilhosa, uma das minhas preferidas de toda essa viagem. A Haia é a sede do governo, com construções imponentes e muitos museus e locais de interesse ao longo dos seus canais. Está também cheio de cafés e lugares para passar o tempo “indoor”, já que na Holanda chove muito e quase sempre.

Terceiro Dia – Haia –  Doordrecht

O percurso original nos levava a Papendrecht mas como só encontramos Airbnb en Doordrecht pensamos que seria uma opção ficar ali, que estava uns 5 km ao sul. Foi um dos dias que mais pedalamos. Saímos da Haia depois de percorrer uns 20 km dentro da cidade. O tour em bike nos leva a conhecer toda a cidade sobre rodas e isso é uma das coisas alucinantes da Holanda. Não existe lugar onde você não chega sobre rodas. E sobre duas rodas principalmente. Saindo da Haia, nossa viagem nos levava a Delft, outra cidade universitária como Leiden.

Delft, é uma das cidades mais antigas da Holanda e isso é evidente entre a grande variedade de belos edifícios, monumentos e tesouros escondidos que nos contam mais sobre os velhos tempos em que a cidade era uma cidade em expansão e cheia de comerciantes. Delft mantém seu caráter histórico com os canais típicos. O caminho segue em bicicleta até “Kinderdijk”, famosa por seus belos moinhos de vento. Esta é uma das vistas mais típicas da Holanda.

Tínhamos feito já uns 60 km até ali e faltava pegar uma balsa até a cidade mais próxima. Estávamos tão cansados que quando vimos que a balsa nos levava a Doordrecht decidimos ir diretamente até ali; uma cidade portuária com muito encanto e que realmente valeu a pena chegar antes porque tem muitas coisas para ver. Também é certo que chegamos antes da chuva.

Quarto dia – Doorcrecht – Utrecht

Outro dia perfeito. Dessa vez sem vento e com paisagens idílicos, cheios de parques, canais e cidades de conto de fadas. A viagem continua em direção ao outro lado do país, indo de Schoonhoven a Utrecht. Schooven é uma pequena cidade romântica, cortadas pelo rio “Lek”. Nas imediações, muitos agricultores cuidam das suas vaquinhas para a elaboração do lendário queijo Gouda. A partir daí, seguimos a uma das cidades mais pitorescas de toda a viagem: Utrecht, a quarta maior cidade do país e a com mais ambiente juvenil e estudantil que vi. Complicado foi encontrar lugar para jantar depois das 21h. Todos os lugares tinham já a cozinha fechada e tivemos que cruzar a cidade em busca de um lugar.

Utrecht é certamente uma cidade para voltar com mais tempo. Se posso dar um conselho a quem queira fazer essa viagem, que faça a sua viagem de dois em dois dias para poder conhecer melhor e com mais tempos os lugares que visitam, principalmente as cidades grandes da Holanda.

Quinto dia – Utrecht – Amersfoort

Esse foi o dia mais curto mas também superdivertido. A anfitriã do nosso Airbnb tinha gostado tanto do meu perfil na página web que nos convidou a jantar com ela. Tínhamos planejado sair de Utrech bem cedinho para poder chegar em Amersfoort e comprar uma garrafa de vinhos para não chegar de mãos vazias. O difícil foi cruzar o parque gigante que nos levava até ali. Foi uma subidinha, a única que tivemos em toda a viagem, mas valeu a pena. O parque é incrível, se respirava ar puro por todos os lados. E como era o dia com menos quilômetros, chegamos em Amersfoort 1 hora e meia antes do previsto. Compramos a garrafa de vinho e fomos dar uma volta na cidade, que é uma fofura, cercada de muralhas e cheia de cafés.

Bom, por não falar da janta. Coisas que só acontecem quando você faz esse tipo de viagem; conhecer gente nativa do país, de poder ver e sentir um pouco da sua cultura. Maikee nos convidou a uma velada maravilhosa, regada a vinho, boa comida e principalmente boa companhia. Uma pessoa para levar consigo.

Último dia – Amersfoort – Amsterdã

Decidi começar e terminar a viagem em Amsterdã pela comodidade do transporte. O avião chegava ali e saia dali 9 dias mais tarde. A realidade é que se pudesse mudar um pouco os planos, nem colocaria Amsterdã na rota. A cidade sem dúvida é linda e é a mesma que eu visitei faz 10 anos. Mas a quantidade de turistas é tão grande que faz com que perca completamente a identidade.

Saímos de Amersfoort cedo porque sabíamos q a viagem ia ser intensa… e foi. Foram 80 km no pedal, baixo, chuva, sol, vento, mais chuva, mais vento… e as vezes sem muita perspetiva de terminar a rota. Foi o dia mais maçante depois do primeiro. Tremendamente cansativo e entrar na cidade foi outra aventura. Uma aventura ver tanta gente, tanto ciclista, tanto tudo junto.

Um dos percursos mais cansativos foi quando estávamos paralelos a estrada, e víamos carros passarem por todos os lados. Os últimos 10 km foram eternos, mas ao chegar ao hotel me senti cheia de forças de novo. Podia seguir no dia seguinte. Meu problema não era a bike… era essa multidão de gente.

A viagem terminou com gosto de quero mais… e esse quero mais, era quero mais bike, quero mais natureza, quero mais paisagens. E também de quero menos. Quero menos stress, quero menos gente, quero menos confusão, quero menos multitude.

Viajar em bike me permitiu ver que a vida analógica pode ser tão prazerosa ou mais que uma vida no corre-corre na cidade grande, onde tudo é pra ontem e todos esperam resultados na mesma velocidade que se envia um correio eletrônico.

Às vezes é bom dar um passo atrás, e ver que a vida lenta também é uma delícia, e poder ir em cima de uma bike, numa velocidade 1.0 lhe permite apreciar uma árvore, uma construção, o sorriso das pessoas que cruzam com você no caminho.

Também me fez pensar em formas de vida mais sustentáveis, e o prazer de fazer as coisas no seu devido tempo sem correria. Com certeza essa é uma viagem para repetir.

E você, ficou com vontade?

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Flores e cores de ‘Ela nos Trópicos’ enfeitam a primavera de Trancoso

As flores e as silhuetas femininas das obras da artista Suzel Koialanskas reforçam a poética  da primavera em Trancoso, na Bahia. A mostra ‘Ela nos Trópicos’, que abre neste dia 20 de setembro, é uma explosão de cores num conceito que conjuga feminilidade e feminismo. A artista usa a técnica da colagem em tecidos e descreve pelas flores o cabelo da mulher, cujo corpo se insinua em silhuetas suaves, numa performance lúdica, propositalmente, numa dimensão que transcende o real.

As obras da artista impressionam pela beleza e pelo lirismo das silhuetas sugeridas e delicadas. As telas foram idealizadas em grandes dimensões com objetivo de causar impacto e estimular o observador a refletir sobre o papel da mulher.

A narrativa poética do trabalho da artista ampara-se na luta contra a supremacia masculina, a opressão e a sua submissão desde tempos remotos. Como compensação por esta desvalorização usava seus atributos físicos, sobretudo o cabelo como força e poder, até chegar ao empoderamento da mulher do século XXI.

“Quis levar o espectador a perceber, pensar e refletir sobre a desproporção de direitos e deveres existentes entre o desempenho social do homem como indivíduo, reconhecido plenamente na família, na sociedade como “sujeito de direito” e a mulher do século XXIque se confronta com questões básicas, como abusos, estupros, feminicídios,oportunidades de trabalho, desproporção salarial,buscando usar seu corpo perfeito, a aparência, enfim, seus atributos físicos para agradar o homem e/ou a sociedade compensando esta castração…”, afirma ela.

O interessante foco de sua pesquisa começou no curso de Belas Artes até chegar às 17 telas que fazem parte da mostra “Ela nos Trópicos”.

Aí vem a pergunta: Por que Trancoso?

O paraíso tropical baiano é a primeira cidade na agenda da exposição porque a natureza exuberante de Trancoso impressionou a artista em uma de suas viagens e fortaleceu a sua proposta de trabalho. De um lado a beleza estética, a sedução,  os cabelos em flores, de outro envolve o conceito do que significa o ser feminino e feminista.

Suzel apresenta a mulher pelo lado romântico, lúdico, até lírico, “sem retirar da mulher os seus valores intrínsecos como capacidade e inteligência”. Tal é sua imersão nesse universo, que utiliza como técnica o recorte e a colagem de tecidos, como se fosse tecer algo, tecer os fios de cabelos em flores. O tecer e o tear eram trabalhos manuais, no passado, quase exclusivos do universo feminino.

Klimt

O artista vienense Gustav Klimt influenciou seu trabalho, assim como a Primavera de Vivaldi.

“As mulheres de Klimt com seus atributos, como cabelos, brilhos, flores, nudez, como o colóquio amoroso na cena do “Beijo”, por exemplo, desafiaram a sociedade da época na busca das suas identidades e direitos. A opressão de anos de sociedades machistas, levaram a mulher à sabotar a sociedade em que vivia através de seus atributos físicos e da sua sexualidade com intuito de conquistar o homem e a sociedade.” , Daí a poética nos cabelos longos e floridos como demonstração da simbologia do poder, força e sedução. A mulher compensou a opressão com os cabelos longos, representado na sua poética …nos cabelos das deusas com as flores da primavera”. A primavera é o próprio renascimento da mulher.”

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Minha Pátria, Minha Língua

Que vontade eu tenho de falar português,

Que vontade de em gritar alto e bom som

Que a saudade me mata na surdez

De não escutar a minha língua e o seu tom

 

Português da minha pátria

Mais amada, idoladrada

Português da minha alma

Enlouquecida…apaixonada

 

Sofro no exílio da minha língua

Padeço de não sambar o seu léxico

E dia a dia meu conhecimento míngua

 

Até o dia mais funesto

Enterrarei a minha língua…

…e com ela, os meus restos

Tribo Zo'é. Foto Sebastião Salgado. Gênesis

L’Amazonia è in fiamme. Brucia insieme il cuore dell’artista che si ispira dalla sua poetica

Impossibile non parlare dell’Amazzonia in un momento così cruciale. La foresta è in fiamme e il dolore è inevitabile. Il ricordo degli artisti che si ispirono nella sua poetica come  Krajcberg, Sebastião Salgado, Zig Koch, Izabel Allende, hanno motivato questo l’articolo. Loro ne fecero una narrazione artistica che può portare qualsiasi osservatore a intraprendere percorsi immaginari dentro della foresta vergine e sentirsi parte, sarebbe lo stesso come si facesse un viaggio reale da conoscerne la fauna selvatica. Questa è la spiegazione più plausibile per questo dolore così acuto e profondo.

Sebastião Salgado è uno di quegli artisti che ricordavo quando ho sentito il pericolo imminente su quel vasto territorio verde, la più grande foresta pluviale del pianeta e la più ricca di biodiversità. Mi sono ricordato delle foto della tribù Zo’é, realizzate da Salgado, esposte nella mostra Genesis. Questa è stata la prima volta che ho sentito parlare di questa tribù Tupi, una delle ultime isolate dall’Amazzonia. In questa ricerca sulla tribù, ho trovato il blog del fotografo Rogério Assis, con splendide foto sugli indiani, compresi quelli di Zo’è.

Rio Juruena próximo a Comunidade Barra de São Manoel – AM Zig Koch

Le magnifiche foto della natura di Zig Koch, che tra molti luoghi fotografati, l’Amazzonia è stata una fermata obbligatoria. Con suoi lenti ha potuto catturare animali in flagranti nella più incredibile posa e e nella foresta stessa, lui ci fa viaggiare fino agli angoli più remoti di quella natura selvaggia.

Mi sono ricordato di Claudia Andujar e delle 500 fotografie esposte in un padiglione a Inhotim, Minas Gerais, parlando degli Yanomami. Claudia è un’attivista svizzera, brasiliana naturalizzata, oggi con 88 anni e dagli anni ’70 dedicata alla causa Yanomami. Nella galleria di Inhotim, mostra la foresta, gli indiani e i loro rituali, e infine il conflitto tra i popoli della foresta e l’uomo bianco.

Sia nelle mostre che nella visualizzazione delle foto che indubbiamente richiedono poetica e arte, ho fatto un viaggio mentale in Amazzonia.

Immaginario

Izabel Allende, nella Trilogia per Ragazzi, in uno dei libri, La città delle bestie, tratta degli indiani e mette in guardia dal traffico di Amazon. Erol Anar, uno scrittore nato in Turchia e ora vive in Brasile, con due dei suoi 15 libri tradotti in portoghese, che ha collaborato con PanHoramarte durante un periodo, ha confessato di aver sognato di conoscere il Brasile perché durante l’infanzia ha visto un disegno che il personaggio visse avventure in Amazzonia.

L’artista Frans Krajcberg ha lasciato un’eredità per le generazioni future. Ha fatto della sua arte un grido di rivolta trasformando tronchi e arti bruciati in sculture. “Voglio che i miei lavori riflettano questo abuso di mettere fuoco in una foresta. Ecco perché uso gli stessi colori: rosso e nero, fuoco e morte. ”

In un rapido sondaggio sugli artisti che si ispirano dall’Amazonia, ho scoperto un’artista botanica inglese che ha dipinto i fiori della foresta pluviale amazzonica, Margareth Mee. Questi nomi mi sono balenati in mente in un rapido sogno ad occhi aperti, cercando di capire gli ultimi eventi riguardanti l’Amazzonia.

tesoro inestimabile

L’Amazzonia ha un valore inestimabile dalla foresta in piedi e non la foresta diventata sul cenere. La foresta è dove vive il futuro dell’umanità e non nella sua estrazione intensa. La sovranità sul territorio non ci dà la prerogativa di decidere cosa vogliamo su di lei.

Salva la più grande foresta pluviale del pianeta perché in essa vive il segreto della vita. Salva le piante che salvano vita!

Appunto della editrice

Piangiamo per l’incompetenza e l’insensibilità dell’uomo che vive come se non ci fosse un domani. Ho viaggiato innumerevoli volte alla giungla amazzonica, negli occhi di molti fotografi, artisti, designer, registi e ogni volta, lo confesso, sono stato sopraffatta dalla sua esuberanza e potere curativo e riparatore, una sensazione manifestata solo dalle immagini. Immagina dal vivo e a colori! L’uomo colui che non capisce l’importanza di un tale tesoro, è una bestia. Abbiamo la sovranità del territorio e il diritto di prenderci cura di questo spazio donato dalla Divina Creazione, ma la sua proprietà metafisica (al di là dello spazio fisico e geografico) non appartiene a noi, ma a tutta l’umanità. Sì, piangiamo, soprattutto per gli indiani che vivono lì e lo preservano. Questa poetica appartiene all’umanità!

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