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Bienal de Veneza de 2024 celebriza artistas marginalizados, queer, outsiders e indígenas

A 60. Bienal das Artes de Veneza de 2024 dá significado ao "estranho" que vive dentro da gente e entre nós! É uma das mais belas na poética, ao destacar a diversidade cultural e o espírito nômade do ser humano em busca de uma terra sem males.

 É tão espetacular que ao entrar nela você perde a noção do tempo e mergulha na história e na mixagem de culturas e saberes de todos os povos que saíram de sua terra natal,  muitos por diáspora (perseguição política ou religiosa, guerras), mas sempre com sonhos e esperança de serem acolhidos num novo lugar.  O curador, o brasileiro Adriano Pedrosa, soube delinear e dar voz aos artistas nesse evento de arte internacional, mais antigo e famoso do mundo ocidental.

“Estrangeiros por toda parte – Stranieri ovunque  – Foreigners Everywhere”.

A partir desse tema Adriano Pedrosa colocou em primeiro plano artistas com pouca visibilidade como os indígenas, que são muitas vezes proibidos de viver em sua própria terra.  Levou para Veneza o colorido das identidades indígenas da Amazônia e de outros povos que vivem da floresta.  

Comecei meu roteiro pelo Arsenale, que foi um dos maiores complexos de construção naval da Idade Média e do Renascimento, hoje abriga parte da Bienal das Artes de Veneza. A beleza da temática já está na entrada quando nos deparamos com a obra de  Yinka Shonibare,  La serie Refugee Astronaut ( VII 2015 – em andamento) apresenta um astronauta nomade em tamanho natural vestido com diversos tecidos africanos, com equipamento para enfrentar as crises humanitárias e ambientais.

A foto que abre a matéria é a entrada da sede central no Giardini e explora identidade e interculturalidade. Assinada pelo coletivo indígena brasileiro Movimento de artistas  Huni Kuin, da Amazônia. 

A Bienal das Artes de Veneza em sua sexagésima edição encerra no dia 21 de novembro. Tentarei em algumas publicações transmitir a sensação que vivenciei ao entrar nos principais locais – Arsenale e Giardini e a oportunidade que tive de apreciar obras de mais de 300 artistas – a grande maioria periféricos que está expondo pela primeira vez na bienal – além de alguns pavilhões representando países.

após a obra Refugee Astronaut, que nos recebe como anfitrião, que na minha opinião nos diz que é preciso buscar outro refúgio porque o planeta está agonizando, em seguida entramos numa sala ampla, na qual encontra-se a instalação Takapu. Um teto abrigo sob tua cabeça em que a luz e sombra cruzam o espaço vazio. Uma espécie de tecelagem contemporânea feita com faixas de poliéster e fivelas de aço inoxidável. A obra é assinada pelo coletivo neozelandês, Mataaho Collective. Takapau é uma esteira finamente tecida, tradicionalmente utilizada em cerimônias, principalmente durante o parto. Em Te Ao Māori, o útero tem um significado sagrado como um espaço onde as crianças se conectam com os deuses. Takapau marca o momento do nascimento, como uma transição entre a luz e a escuridão, Te Ao Marama (o reino da luz) e Te Ao Atua (o reino dos deuses).

“O título Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere é retirado de uma série de obras criadas desde 2004 pelo coletivo Claire Fontaine, nascida em Paris e radicada em Palermo. Estas obras consistem em esculturas de néon de várias cores com as palavras “Foreigners Everywhere” em diferentes idiomas.

O termo italiano “straniero”, o português “estrangeiro”, o francês “étranger” e o espanhol “extranjero” estão todos ligados a nível etimológico respectivamente às palavras “strano”, “estranho”, “étrange” e “extraño ”, ou para o estranho.

 Vem à mente Das Unheimliche, de Sigmund Freud, O Estranho na edição italiana, que em português foi traduzido como “o estranho”, o estranho que, no fundo, também é familiar”.  Fonte La Biennale

Segundo o American Heritage e o Oxford English Dictionary, o primeiro significado da palavra “queer” é justamente “estranho”, por isso a exposição se desenvolve e foca na produção de outros assuntos relacionados: o artista queer, artista outsider, artista indígena e o artista popular/ näif. 

O melhor espaço para fazer uma leitura do ‘espírito do tempo – zeitgeist’ no mundo é visitar uma bienal internacional de arte.  Desde 2011 visito Veneza nas bienais e vejo a cada biênio um recado diferente dos artistas em relação a sociedade moderna. Sabemos que organizar a curadoria de um evento deste é algo colossal e exige muita sensibilidade e competência.  Porém, das muitas bienais que visitei, não somente em Veneza, sempre belissimas em conteúdo, confesso que a 60. de Veneza me deixou em transe pela eloquência das obras que tocam fundo nosso coração. 

 São obras contundentes, muitas vezes fortes na temática, coloridas na vivência, esperançosas nos traços e originais nos temas que emocionam o observador.

 A curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa está magnífica. Brasileirissima pela diversidade e a didática na organização temática. Os núcleos: contemporâneo e histórico nos dão a condição de entender a linguagem de mais de 300 artistas e suas criações poéticas. Talvez, a elite comercial do mundo da arte torceu o nariz pela ausência do padrão definido por eles; e por estar em primeiro plano minorias sociais pouco visíveis, cujas obras não circulam em grandes galerias e nem estão sob avaliação em batidas de martelo nas casas de leilão. 

“Stranieri ovunque  ou Estrangeiros por toda parte – Foreigners Everywhere”  reflete a humanidade a contemporaneidade, com suas mazelas, sonhos e utopias. 


Minaccia di Covid 19 sugli indiani. Appello di Sebastião Salgado riecheggiano in tutto il mondo

Dall'Avaaz Sebastião Salgado fa appello a proteggere le popolazioni indigene amazzoniche dalla minaccia di Covid 19.

La mobilitazione di Sebastião Salgado e sua moglie Lélia potrebbe essere ostacolata dalla censura applicata da Facebook alle foto di indiani che appaiono parzialmente nudi.

Alcuni utenti che hanno tentato di pubblicizzare la campagna sono rimasti sorpresi da avvisi come “la tua pubblicazione viola i nostri standard della community sulla nudità o l’attività sessuale” e sono sospesi per 24 ore per impedire loro di pubblicare e pubblicare qualsiasi cosa.

 

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Imagem via internet.

Se Eva vivesse ai tempi moderni accuserebbe Adamo di diffondire ‘fake news’

Come Eva affronterebbe le notizie su di lei nei tempi moderni? Sicuramente Adamo sarebbe accusato di diffondere bugie nella web.

La provocazione è stata ispirata dalla frase del scrittore uruguaiano Eduardo Galeano nel libro Le Donne: se Eva potesse riscrivere la Genesi, accuserebbe Adam di mentire alla stampa.

Tuttavia, il viaggio nel tempo viene fatto per seguire come l’immagine del femminile è stata costruita nel corso della storia, a parte gli insegnamenti religiosi. Se Eva riscrevesse oggi sua storia sarebbe una militante per i diritti delle donne e certamente Adamo non sarebbe con Lei.

La Storia dell’Arte è un’eccellente testemoninza di come gli artisti hanno interpretato Eva in osservanza dalla cultura in quel tempo. La prima è la Cacciata dal Paradiso (Cappella Sistina), del pittore rinascimentale Michelangelo (1475-1564). Nel mezzo del Medioevo, un’epoca di oscurità, punizione e timore di Dio. L’Eva di Michelangelo appare con il viso quasi nascolto.

Il dipinto di Tiziano, dello stesso periodo di Michelangelo, ritrae Eva incuriosita alla ricerca della mela e Adamo che cerca di fermarla con la mano sulla spalla. Una supposizione.

Adão e Eva - Tiziano (1490- 1573). Foto internet

A tela abaixo é de Paul Gauguim, do início do século XX – 1902. Eva nesta representação está enfrentando sua própria solidão, considerando que Adão, por sua vez, virado de costas demonstra que não é nada companheiro dela. Mais interessante ainda é o personagem feminino colocado no alto. Será Deus feminino, para ele?

Esta litogravura de Salvador Dalí, o gênio da surrealismo na arte, é uma interpretação de Eva um pouco mais leve, apesar da nuvem negra que paira sobre ela.  O diálogo fálico da serpente com os dois e a borboleta em tamanho maior para o homem, talvez propõem a força da sexualidade masculina em relação a feminina. Muito instigante este símbolo cobrindo as genitálias.

Adão e Eva, de Ismael Nery, o único considerado surrealista no Brasil, revela nossa brasilidade.  Também é do início do século XX. A negritude do casal e a descontração de Eva. Sinceramente, Nery em sua criação, representou um Adão, aparvalhado, como podemos dizer anestesiado. Eva com uma certa vergonha ao cobrir-se timidamente., embora firme carregando o seu homem.

Ahhh… Aqui apreciamos o colombiano, Fernando Botero, com seus personagens gordos. Fantástico em suas interpretações, Botero revela que algumas vezes na sua pintura os temas são deformados e parece dar a impressão que faz uma sátira. “Isso não é verdade. As deformações em minha obras, tem fundamento numa inquietude estética por razões estilísticas”. 

 Cá pra nós, as obras de Botero são consideradas críticas sociais, políticas e de costumes. Observem atentamente esta obra e constatem que tanto Adão como Eva estão com o olhar no mesmo nível, cada qual com sua maçã e a serpente tentando alcança-las e um detalhe: Eva está com a maçã mordida. Ousada mulher! 

Botero fez esta obra em 2005, em pleno século XXI, com toda a transformação e o grau de igualdade da mulher em relação ao homem. A maçã foi uma escolha dos dois e a cumplicidade no olhar revela que estão muito juntos nesta história. Legal não acham?

Adão e Eva (2005) - Fernando Botero

Para encerrar este percurso buscando a imagem de Eva na História da Arte, colocamos intencionalmente a escultura do casal etrusco, em terracota, que hoje encontra-se no Museu de Vila Júlia de Roma. Não refere-se ao tema Adão e Eva, embora tenha o sentido de significar o papel da mulher na arte e na história.. A mulher etrusca ,segundo relatos dos filósofos e historiadores da antiguidade, Teopombo de Chio e Aristóteles,  era culta, independente e livre.

 O misterioso povo etrusco viveu ao sul do rio Amo e ao norte doTibre, mais ou menos nas áreas equivalentes a Toscana, Lácio, Campana e Umbria, na Itália,  em torno do século VI a. C.  Isso mesmo, antes de Cristo, na mais remota antiguidade, as mulheres tinham voz nos votos, ao lado dos companheiros nas festas, escolhiam seus parceiros para ter filhos. Uma civilização que foi praticamente apagada da história e as mulheres, por sua vez, interpretadas pelos arqueólogos como libertinas e promíscuas pelas figuras encontradas nas tumbas.

Mas é assunto para o próximo artigo!

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Lição de férias!

“Quem nadou em mar aberto sabe: antes de lutar desesperadamente contra a correnteza, é melhor deixar-se levar por instantes; é preciso ter calma e coragem: a correnteza enfraquece, então saímos fora.” - diz Marcelo Rubens Paiva em um dos seus livros. Uma verdade e tanto!

Eu saí alguns dias de férias e por mais incrível que pareça, uma dor na lombar de me paralisar, não me incomodou em nenhum momento.

Há 2 anos tenho esta dor e é meu termômetro para não deixar de me exercitar. Mas o fato é que durante as férias não pratiquei nada de esportes, carreguei peso, fiquei sedentária e nada me dói no corpo.
Então, Marcelo Rubens Paiva me fez pensar na rigidez da rotina, na rigidez da vida, das emoções e do corpo… o quanto não funciona, estraga, faz doer e adoece.

Se desesperar, faz a gente se afogar em nós mesmos. Faz escutarmos e olharmos a vida de forma negativa. Ver somente o feio das coisas.

 

 

Mas claro, sei que não é simples assim… requer amor próprio intenso para saber que muitas vezes precisamos de ajuda. Seja de uma leitura, de alguém que te ama, de um profissional, da fé… enfim, seja lá do que for, não precisamos estar sozinhos e enrijecer cada vez mais nossos corpos e maneiras de viver.

Imagem gerada por IA - 21/10/2024
Imagem gerada por IA - 22/10/2024

 

É importante se permitir experimentar novos caminhos quando os que você está acostumado e se sente mais seguro, não funciona mais. Mas claro, que estes sejam caminhos do amor, que te deem saúde e qualidade de vida.

Se permita. Pare. Ouça os sinais da vida e tente analisar os caminhos que terá. Eles existem e “este mar não vai te afogar”.