A obra de Picasso “Cabeça de Cavalo” foi o início do esboço de “Guernica”.
Guernica é uma cidade basca que sofreu em abril de 1936 ,um bombardeio que a destruiu, assim como matou centenas de bascos. Isto por conta do ditador Franco aliado às forças nazifascistas de Hitler e Mussolini.
“Guernica”/ Pablo Picasso. Foto Internet
Obra pacífica
A resposta artística e pacífica de Picasso foi o painel (mural) maravilhoso “Guernica”.
Obra tão importante que até hoje relembra todas as situações de guerra, mortes, revoluções e caos que ocorrem na atualidade.
Existe semelhança entre Picasso e Bosch na obra, se observamos “A morte do Avarento”, só que o Bosch viveu na renascença, fazendo vanguarda, segundo os críticos, com um surrealismo prematuro para a época.
Hieronymus Bosch
Foto Internet
Jeroen van Aeken, cujo pseudónimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, foi um pintor e gravador Holandês dos séculos XV e XVI.
Pablo Picasso
Foto Internet
Pablo Picasso, oficialmente Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, foi um pintor espanhol que viveu a maior parte da sua vida adulta na França. É um dos maiores e mais influentes artistas do século XX.
…And one day, if I had cut to my ear in a ritual made with all my sincerity, as well as I made Van Gogh, I would send it you as an evidence of my love, as a sacred sacrifice for a goddess.
If I moved all the trash cans of the city with hope I would have, perhaps, found something its. He wanted to go up to the point highest of the city during putting of the sun, to look at the lighted lights without blinking my eyes, knowing that one amongst them is you.
…When I heard its voice, I was as if he was listening to symphony 40 of Mozart. If I was in a ship, in the way it open sea and below it sky that was abandoned by the stars, exactly illuminated for a weak light of the moon, would have distinguished its smells amongst the odors of the nauseating sea, around of the ship. If we were listening to a concert of violin of Mendelssohn, that is so melancholic, I and you would have bleed on the inside.
Of the book “Love and Solitude”, Erol Anar, in Turkish and Portuguese
A dona-de-casa, cansada de tudo, sentou-se na soleira da porta num choro abafado.
Solitária, incompreendida, invisível ao mundo e à própria família.
Testemunhando incontáveis desilusões da pobre, a vizinha, amiga de todas as horas, resolveu dar uma mãozinha. Comprou um livro e foi dar de presente a coitada que vivia uma vida paralítica. Quando entregou o presente, falou enfaticamente, em tom de urgência:
“- Toma, lê isto! É importante! Depois você me conta o efeito que teve.”
A dona-de-casa, aturdida com aquela conversa estranha, que tinha um tom de mensagem mediúnica, aceitou o livro, mas sem muita esperança de ter nem tempo para folheá-lo. Atolada naquela que parecia irremediável monotonia, pensou contudo:
“- Quem sabe o livro pelo menos possa servir para alguma diversão e alento nesta minha vida já tão desbotada…”
Assim, a cada final de dia, após tanta exaustão e com a família já toda servida, saciada e recolhida, a dona-de-casa resolveu arranjar o que fazer para combater as próprias insônias munindo-se do livro à tira colo. Começou a leitura, deveras incrédula sobre a utilidade do livro.
Um livro
O livro contava a estória de uma dona-de-casa que um dia abriu a janela da casa e resolveu reparar melhor na vida do lado de fora. Logo descobriu que havia um mundo inteiro a ser explorado, do lado inverso da janela onde ela estava, de onde nunca havia saído. Já de imediato, a dona-de-casa leitora identificou-se com a outra – seu espelho. Assim, a cada final de dia as duas “almas gêmeas” tornaram-se cúmplices. O livro tornou-se praticamente a segunda pele da dona -de-casa, como se representasse o tratado da libertação. O livro teve o efeito de uma carta de alforria!
Lavar, passar, cozinhar, estender, entender, limpar, esfregar, costurar, calar, nutrir as necessidades alheias, etc, etc, etc … eram o únicos verbos de ação que a dona-de-casa havia conjugado até então. Nunca tivera a oportunidade de ser alguém ou sequer pensar em ser alguém num outro mundo que não fosse aquele da porta para dentro da própria casa. O único que lhe era familiar, assim como para todas as gerações e gerações de mulheres da família que vieram antes dela.
Dona-de-casa
A dona-de-casa do livro tornou-se a sua heroína, conselheira, psicóloga, confidente, amiga íntima, praticamente a Princesa Isabel que poderia então “desacorrentã-la” daquela vida infeliz, sem cor, sabor or pulsação.
Um dia, a dona-de-casa, munida do livro e algumas mudas de roupa, resolveu chamar pela própria rebelião. Mandou o marido encostado arranjar uma outra Amélia e atirou-se para fora da masmorra como um passarinho que descobriu a porta da gaiola acidentalmente aberta e viu naquele instante a oportunidade preciosa de uma vida nova em folhas.
A dona-de-casa foi despedir-se da vizinha, o único anjo a abrir-lhe os olhos para a realidade, com o livro presenteado no momento derradeiro. A vizinha trouxe-lhe a fé de volta e o livro abriu as portas de horizontes até então impensáveis.
A dona-de-casa correu o mundo como se cada dia fosse o último. Aprendeu sobre outras culturas, viu gente de diferentes cores, ouviu línguas estrangeiras que soavam como melodia. Testemunhou alegrias, dores, milagres, tudo como uma expectadora que a tudo registrava com a avidez de um explorador. Mergulhada em espanto e fascinação, viu que o mundo de fora das invisíveis grades da “prisão domiciliar” em que vivia era lindo, intrigante, também com suas tristezas e imperfeições, mas cheio de caminhos de libertação como os que ela encontrou no seu despertar. Saiu do sonambulismo para o construtivismo.
Porta voz
A dona-de-casa tornou-se a porta voz de outras donas-de-casa, mulheres à margem do mundo, sufocadas pela mesmice, opressão, esquecidas em desejos, sofrendo desamor, dissabor, todos os tipos de dor. Mulheres que perderam a identidade vivendo uma vida dos outros, nutrindo incansavelmente, sob a mais absoluta abnegação. Mulheres que tiveram a chama da vida inteira extinguida.
A revolução das esquecidas causou assombro, estardalhço e protestos por parte dos que acostumaram-se a ser servidos e nunca se deram conta que a servidão poderia ser um preço muito alto na vida de alguém. Uma vida era relegada para outra ser realçada. Este sempre foi o ciclo de vida das donas-de-casa. A vida da inércia e total invisibilidade.
No dia em que as donas-de-casa rebelaram-se, o mundo nunca mais foi o mesmo para elas e para os outros que nunca tiveram interesse de enxergar que elas também tinham direito a uma vida com necessidades, desejos e sonhos supridos, não suprimidos!
Os desejos e os sonhos das mulheres esquecidas ecoaram pelos quatro cantos da terra. A partir daí, o mundo tornou-se mais justo, cheio de amor, compreensão, respeito, felicidade, compaixão, equilíbrio, sabedoria. A sabedoria das que incansavelmente amaram e nutriram dia e noite, à despeito das próprias vicissitudes mais íntimas. Só a mulher é capaz de amar incondicionalmente. Esta é uma grande razão para ela não ser esquecida no rodapé do lares, como se fosse um objeto com data de validade vencida. (Publicação original Retrato de um instante)
As ruínas surgem aos teus olhos, magníficas, como se estivessem protegidas dentro de um útero
As ruínas sagradas do Machu-Picchu, no Peru, podem fazer parte de um roteiro exclusivamente feminino, uma viagem por conta própria, sem definições de itinerário, em que o acaso traz reflexão, paz e o prazer de estar longe do cotidiano e da vida moderna.É uma aventura inigualável porque o local, além de ser uns dos pontos turísticos mais procurados do planeta é, sem dúvida, uma das regiões mais genuínas desta América do Sul colorida e dissonante.
Porta do Sol
Entrar em Machu-Picchu pela porta do Sol, caminhando pelas trilhas incas é uma experiência extraordinária. É espetáculo à parte num dia ensolarado. As ruínas surgem aos teus olhos, magníficas, como se estivessem protegidas dentro de um útero. O útero do planeta Terra.
As montanhas que circundam Machu-Picchu, cobertas por florestas da Pachamama (mãe terra em quéchua), podem ser comparadas às paredes uterinas que aconchegam um filho precioso. Sem dúvida, esta visão exclusivamente feminina do Machu-Picchu define as ruínas sagradas como filho mensageiro da luz, do sagrado. Metáfora, sim, de uma magia que só não percebe quem não deseja fazer parte dela.
Seja pela caminhada inca ou seja pelo ônibus, a emoção da chegada às ruínas é única e inigualável pela beleza da paisagem e essencialmente pela história que envolve o local.
Viagem por conta própria
A vantagem de estar viajando por conta própria é de ter praticamente o dia todo para desfrutar de um lugar como este. A bilheteria das ruínas abre às 9 horas e o parque fecha às 18 horas e, em função disso, é possível visitar primeiro as trilhas próximas às ruínas como a da ponte inca, com 30 minutos de caminhada e depois, a da Porta do Sol, mais longa, com duas horas de percurso. Por volta das 15 horas é que se deve conhecer as ruínas, internamente, momento em que começa a diminuir o fluxo de turistas.
Pachamama
A condição de percorrer calmamente os terraços incas e penetrar nas construções e nos templos erguidos em pedras milimetricamente encaixadas que ainda guardam, na sua exatidão, os segredos sobre sua origem é uma aventura à parte.
O propósito de mulheres visitarem um local como Machu-Picchu, pode ser comparado ao de estreitar a sua relação com a Pachamama e estabelecer uma conexão de cumplicidade ao perceber a grandiosidade da vida neste local que mistura arqueologia e natureza numa harmonia perfeita.
A dica de deixar para conhecer as ruínas após o meio-dia, depois de ter feito muita caminhada tem vantagens e toque de mulher. Já com o hormônio da felicidade liberado em função das caminhadas, com emoção à flor da pele, vale aproveitar o local para verbalizar desejos e ideias positivas, em alto e bom-tom, com o firme propósito de “lavar a alma”.
É quase como estar numa sessão de psicanálise. Apenas com a diferença de que a natureza faz a vez do divã. É um voo livre.
Águas Calientes
Para encerrar este ritual de parceria com a sabedoria incaica, não deve faltar um banho medicinal, à noite, nas termas de Águas Calientes, verdadeiro bálsamo depois de exaustivas caminhadas. Depois disso,a ordem é entregar-se ao “sono dos justos” para aproveitar o próximo dia em Cuzco.
O fato de ser mulher e viajar sozinha em países genuínos como o Peru e a Bolívia possibilita uma vivência maior dos costumes e contato direto com o povo. A maioria do peruano e boliviano é afetuoso e puro de espírito.
Em Cuzco, por exemplo, é comum encontrar índias com seus trajes coloridos, tecendo cintos ou mantas de lã de ovelhas. Se tiver o privilégio de conhecer uma índia como a Sirilla, que além tecer seus cintos com orgulho, ela também defende as mulheres turistas ou índias.
Sirilla. 2004/ Foto por Janine Malanski
Sirilla
Sirilla, do “Pueblo Chinchero” , como se identifica, tece a lã desde criança. O que aprendeu com a mãe ensina às filhas. Tem cinco filhos, ao todo, e vive de vender seu artesanato. O marido cria ovelhas. É com a lã destas ovelhas que ela tece os cintos e faixas coloridas. A cor obtém por meio das ervas e anilina que sabe preparar com maestria.
Sirilla tecendo seus cintos. Foto por Janine Malanski
Laços femininos
Sirilla sabe defender as amigas mulheres, mesmo turistas desconhecidas, quando percebe que alguém deseja enganá-las. “São minhas amigas”, avisa.O afeto singelo de Sirilla ou de outra índia que vende seus artesanatos em Cuzco fortalecerá os laços femininos para continuar o giro pela cidade com um olhar mais aguçado.
Virgens cuzquenhas
Somente uma mulher perceberia que as virgens cusquenhas, pintadas muitas vezes por índios que frequentavam a escola cusquenha de pintura, na época em que os espanhóis queriam catequizar o mundo, impondo sua crença cristã, têm mais brilho em suas vestes.
Nem de longe se parecem com as virgens brancas, pálidas e recatadas, representadas pelos europeus. As virgens cuzquenhas são coloridas, intensas, e a maioria morenas. Belíssimas obras!
Nossa Senhora de Belém, século VIII – Google Art Project
Olhar Crítico
Num panorama geral, Machu Picchu seja sob a ótica feminina ou masculina é uma viagem imperdível. De um lado, as ruínas de uma cidade que abrigou um povo que se abancou pertinho do céu e de outro, vilarejos repletos de gente simples, de vestes coloridas, que mostram um outro modo de olhar para a vida. Pela voracidade com que se destrói hoje a memória ancestral dos povos primitivos é melhor se aligeirar e procurar conhecer este útero gigante verde e luxuriante localizado pertinho do umbigo do mundo (Cuzco) para garantir em sua mente a imagem inesquecível de um lugar único no planeta Terra.
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