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Ateliê sob a proteção da Madonna

A fé move montanhas e quem não acredita na intensidade de sua força interior, na caridade, em Deus e no amor, perde a oportunidade de ser feliz!

O depoimento do artista plástico Sérgio Prata sobre a maneira como conseguiu construir o ateliê dos seus sonhos, reforça minha convicção sobre a fé.

Num relato simples e verdadeiro, o artista conta que a melhor obra da série produzida com a técnica de pintura bifásica, a tela de uma Madonna (Nossa Senhora com o Menino Jesus), foi a que trouxe condições para a  compra de seu ateliê.

Na época em que produziu a Madonna, 1997, pintava de “sol a sol”, exaustivamente, somente com o objetivo de realizar um sonho: a casa própria.

madona

A obra foi exposta em São Paulo, capital e interior, e em cidades como Curitiba e neste percurso, diversas pessoas se interessaram em comprá-la e Sérgio por algum motivo ou intuição negava a venda.

                “Algumas pessoas poderosas quiseram comprá-la. Uma proposta vinda da esposa de um Deputado cuja reputação não era das melhores… (ai, como é difícil ser sincero e elegante ao mesmo tempo…) Nesta ocasião, eu ouvi um anjinho soando um alarme interno e me sussurrando: – “Calote, calote”… De fato, eu não queria que a Madonna fosse colocada na cabeceira de uma mesa onde seriam discutidos temas de corrupção e lesão ao erário público…. Neguei a venda:


– ‘Sinto muito, senhora, esta tela já está reservada. Sim, custa muito caro, sim Senhora. Muito obrigado pelo interesse, pois não, foi um prazer, até logo, felicidades'”.
Não a pechincha!

                 Depois disso,  o segundo comprador era um homem  muito rico e talvez por sua avareza – tentou  pechinchar  demais –  o artista achou uma afronta deixar sua Madonna por conta de uma pechincha.

                – “Tudo bem, paciência. A tela fica comigo, pensei. Pode deixar. Um dia alguém entenderia seu real valor, digno de seu conteúdo”.

Ao mesmo em que esses fatos aconteciam, Sérgio continuava a procurar apartamento e um terreno na cidade porque estava cansado de pagar aluguel, “jogar dinheiro pelo ralo”, como escreveu no depoimento. Era um artista plástico sem terra…

Conta que certo dia o seu irmão, que é arquiteto, o levou para ver um terreno localizado um pouco distante da cidade, na zona rural.  Era um espaço dentro de uma fazenda em que o genro do fazendeiro queria fazer um loteamento, mas não tinha “din-din” para fazer a terraplanagem em toda a imensa área.

Nesse momento, voltando à Madonna, apareceu uma pessoa interessada em comprar a tela – Giovanni. Embora tenha achado caro propôs uma permuta:  pagar em serviços. Sérgio, por sua vez, pintava a igreja de um italiano, “do famoso, temperamental padre Aldo Bollini, já falecido.

“Fui ao túmulo dele rezar, ali mesmo dentro da Igreja de Santa Terezinha, enquanto eu pintava os painéis da Santa Terezinha: – ‘Pôxa, Padre Aldo, você sonhava em pintar a sua Igreja. Eu a estou pintando. Dá uma força, eu estou querendo achar um canto para mim, uma casa, um terreno, qualquer coisa de bem bacana.

Até parece que ele mandou um recado para outro italiano, o Giovanni:

-“O Giovanni, caro amico, sabe lá, na Rodovia Pe. Aldo Bollini, si, la mia Rodovia, da vero, si trova um posto per fare il atelier d´arte di Sérgio !!!

Que cara ponta firme este Padre Aldo, que dava coques com os dedos na cabeça da molecada, educava, e rezava forte !!! Baita amizade que ele tem com Deus, este italiano brabo… Daqueles missionários da PIME, que iam desbravando, construindo, delegando funções, pegando materiais para as obras que fazia, mandando o pessoal botar na conta de Deus.

Bons de papo estes italianos, bons de negócio, dá para conversar. Quando a proposta é boa… a gente estuda. Sobretudo se a amizade for mais importante do que o negócio. A consideração e o respeito maior do que os números.

Eu já estava cansado de pagar aluguel… foram 17 anos pagando lugares para trabalhar, para morar….Rezava à Deus e à Nossa Senhora, pedindo uma ajuda para encontrar um cantinho, onde eu pudesse construir uma casa pequena, só para começar… “

Sérgio não sabia que Giovanni tinha uma empresa de terraplanagem e quando descobriu fez a proposta. A Madonna em troca dos serviços. Giovanni fez a destoca e a limpeza do terreno, com isto o fazendeiro, da mesma forma, permutou e repassou para o artista 1000 metros quadrados e Sérgio com mais algumas economias comprou mais um lote que lhe dava a condição de ver do alto o pôr do sol e ter água pura de poço.

” Mas isto não veio de graça. A benção, sim, só vem depois das escolhas. O sim só vem se a gente souber dizer o não. Disse não ao político corrupto. Disse não ao especulador.

Milagre de Nossa Senhora que abençoa nossas decisões, nossos passos.

Uma Madonna por um terreno !!! Minha melhor venda: uma permuta entre três pessoas. Todos saíram contentes. Cada um realizou uma conquista.

É bom demais ter fé !!! E perceber a Providência Divina.

Obrigado, querida Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora Aparecida, Notre Dame de Paris. Não importa onde eu vá, seu doce amor me acompanha.

Que esta morada e este atelier sejam abençoados sempre por sua amorosa luz!”

 

*  Releitura autorizada pelo autor e a história completa e original no site de Sérgio Prata

imagem via internet do site Collezione da Tiffany

O desenho está em alta no mercado de artes

O desenho está passando por um momento de grande impulso no mercado de arte global e o mais caro do mundo é uma das versões do célebre grito Edvard Munch. Alcançou 107 milhões de dólares em 2012.

A análise sobre mercado foi publicada no blog italiano Collezzione da Tiffany, num artigo do jornalista e especialista em arte, Nicola Maggi.

“Das feiras específicas do setor às grandes casas de leilões internacionais, o fenômeno se observa. As vendas estão aumentando e os preços também, um fato que chama atenção principalmente para quem está iniciando a colecionar arte.

Paris a capital europeia do desenho

Maggi cita os mais importantes eventos dedicados ao Design na Europa com o histórico Salon du Dessin parisiense, em 1991, seguidos depois pelo Drawing Now (2006) e DDessin (2012) – fazendo de Paris a ‘capital’ europeia do desenho, a holandesa Amsterdã com Drawing, fundada em 2011, até chegar na nova-iorquina Master Drawing (2010) Art on Paper (2015).  E observa agora o calendário de feiras internacionais de arte, onde é possível perceber o fenômeno ‘desenho’.

“Durante muito tempo subestimado pelos grandes colecionadores, de fato, esse meio com mais de dois mil anos se tornou um dos protagonistas do mercado de arte, conseguindo satisfazer as exigências dos colecionadores  de ‘alta classe’ .

Desenhos

Segundo análise do jornalista italiano, junto à pintura, os desenhos são bem presentes nas principais coleções em todo o mundo e nas casas de leilões internacionais e como aconteceu com a fotografia, inicia “a alcançar resultados de todo respeito”. Embora a ligação com o mercado da pintura – a sempre queridinha dos colecionadores – seja muito evidente, os desenhos ainda são poucos para que as casas de leilões tenham um departamento dedicado a eles.

A prova é que a ligação com a grande arte é demonstrada por intermédio do fato que hoje o desenho mais caro do mundo é uma das versões do célebre grito de Edvard Munch que em 2012 alcançou, da Sotheby’s New York,  107 milhões de dólares.

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“Enquanto no segundo lugar nessa particular classificação achamos o chinês Qi Baishi, em cujo desenho Eagle Standing on Pine Three foi vendido por mais de 65 milhões de dólares na China Guardian, em 2011”, afirma o jornalista.

Brasil

No Brasil o desenho artístico começou a aparecer como arte autônoma a partir do século XX. O dado é do Museu Nacional de Belas Artes, que dedica um link sobre o assunto. Embora, segundo a instituição, no século XIX, alguns artistas de renome como Vitor Meirelles e Rodolfo Amoedo deixaram traços em trabalhos que hoje fazem parte do acervo do Museu.

Gregório Gruber
Gregório Gruber

No início do século XX, Di Cavalcanti, Tomás Santa Rosa, Djanira e Candido Portinari são alguns dos representantes dessa produção normalmente utilizados para espetáculos teatrais, campanhas publicitárias e obras literárias. Outros também se destacam como Gregório Gruber,Regina Vater e Amador Perez.

 

Entre os artistas mais expressivos e que representa a alma do povo brasileiro repleta de símbolos e mitos é o pernambucano Gilvan Samico (1928-2013). Obras do artista puderam ser apreciadas na 32ª Bienal de São Paulo.

Quanto ao mercado de artes brasileiro é ainda restrito a um pequeno segmento social, sem tradições como o europeu.

 

 

 

 

 

Orloj - Relogio Astronomico de Praga - Foto: Jaqueline D'Hipolito

O tempo – provando coisas novas

Julho está sendo um mês atípico. Por quê?

Porque nunca experimentei tanto e mudei tanto meus hábitos em um único mês. Será pela “jornada continua” que temos aqui na Espanha, não sei. Mas esse mês está se revelando uma surpresa a cada dia. Aqui na Espanha, nos meses de verão, muitas empresas aderem a chamada “jornada contínua”, ou seja, se trabalha todos os dias até as 3 da tarde e depois você pode ir para casa, dormir a famosa ‘siesta’ ou fazer o que quiser.

Claro que para isso trabalhamos mais durante o ano todo para compensar estas horas a menos que fazemos no verão.

Jornada contínua

Faz anos que tento aproveitar minha “jornada contínua” de forma diferente. Mas esse ano acho que tive um mês cheio de gratas surpresas. Como sempre fico em Madrid nos meses em que todos vão de férias, tento aproveitar meu tempo e fazer coisas que não tinha tempo antes. Para começar, pedi transferência de sede no meu trabalho, comecei um intensivo de francês, passei a fazer ‘Pilates’ três vezes por semana, fui escalar com amigos do trabalho, e na piscina na casa de outros amigos que conheci; fui na mesma exposição duas vezes e para arrematar, me convidaram uma noite para aprender a dançar ‘swing’ e salsa.

Uf…., o mês de julho não acabou e fico analisando a quantidade de coisas que provei, o tanto de gente nova que conheci e o novo mundo que se está abrindo dentro da minha velha Madrid conhecida.

É curioso, mas as vezes a gente pensa que a vida não muda, que nada acontece, mas nós somos os primeiros em não querer que nada mude. Continuamos levando nossa vida da mesma forma, realizando os mesmos hábitos cada dia e pensando que num passe de mágica algo inusitado acontece e muda a nossa vida. Isso pode até acontecer, mas a possibilidade é bem remota.

Para que as coisas mudem a gente tem que estar disposto a mudar. 

“Sejamos realistas, exijamos o impossível”.

Faz uns meses, depois que estive em Hamburgo, me inscrevi num projeto que quero levar a cabo em setembro na França. Para isso, vou  mergulhar de cabeça num universo de certa forma desconhecido, mas que sempre me fascinou. Eu sabia que para estar em setembro num país desconhecido e para fazer bem aquilo que eu vou fazer, tinha que estudar a sua língua e me preparar bem pra atividade que vou fazer ali. E foi assim que decidi ampliar todo meu leque de atividades e aproveitar cada minuto do meu dia como forma de preparação para esse desafio. E daí veio a surpresa. Conheci gente nova, no novo escritório e também nos cursos que venho fazendo, provei coisas diferentes e venho desafiando corpo e mente cada dia.

As vezes até penso que estou no melhor momento da minha vida: me sinto diariamente satisfeita com tudo que tenho feito e o muito que tenho progredido.

Dar um tempo

Ontem, falando com uma amiga, ela me disse o mesmo: que as vezes as pessoas precisam se dar um tempo, conceder-se o direito de provar coisas novas e de realizar algum projeto que estava guardado na caixinha para ver como é possível mudar sem sair completamente do seu dia a dia. Este ano estou realizando muitos desses projetos e estimulo a todos que façam o mesmo. Só no fato de você mudar o caminho que você faz diariamente para o trabalho já te desperta pra coisas diferentes. Você começa a observar mais coisas, ficar mais atento no trânsito, no semáforo, na paisagem, no cachorro, no vizinho. No dia a dia complicado da nossa vida tem milhões de atividades que podemos começar a sem precisar sair de casa. Você pode escrever, estudar, ler um livro, começar um jardim, desenvolver um blog, lixar móveis, ou seja, começar um projeto do nada só pelo prazer de desfrutar esse momento. Conheço muita gente que se propõe coisas diariamente e levam a diante como se o tempo não os impedisse de nada. E são pessoas extremamente ocupadas, mas que para fazer aquilo que sempre quiseram arranjam tempo.

Mário Quintana

Isso me lembra aquele poema da Mario Quintana sobre o tempo.

“Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido a falta de tempo”.

Quem diria que depois de tantos anos utilizaria o poema que aprendi na aula de Língua Portuguesa do Colégio Estadual do Paraná como lição de vida. Durante muitos anos repito a mim mesma o mesmo: o que eu gostaria de fazer e como posso fazer para que isso dê certo. Eis que chegou o mês de julho e um verão prometedor: um mês que conheci muita gente nova; gente que comparte os mesmos gostos que os meus ou que às vezes me motivam a provar coisas que nunca pensei que pudesse fazer.

Nunca pensei que fosse capaz de dançar ‘swing’ ou salsa, fazer trapézio ou de escalar um muro de 20 metros. Nunca pensei que ia curtir fazer essas coisas: e a verdade é que estou adorando.

Como no Brasil também é época de férias, só que de inverno, por que não tentar algo diferente?! Não só pela atividade, mas também por aquilo que você pode descobrir, as pessoas que você pode conhecer e essa novo mundo que você pode encontrar.

O primeiro passo é o mais difícil, mas depois você não quer mais parar. Afinal, todas nossas atividades da vida começaram com um primeiro passo.

 

O tempo – Mario Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal… Quando se vê, já terminou o ano… … Quando se vê não sabemos mais por onde andam nossos amigos… Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado… Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casaca dourada e inútil das horas… Eu seguraria todos os meus amigos, que já não sei como e onde eles estão e diria: vocês são extremamente importantes para mim. Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo… Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Filmes de Pasolini não perdem a atualidade

O cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975) pode ser visto como um dos mais importantes intelectuais do século 20.

Vale a pena rever fatos que marcaram sua contraditória carreira: de um lado cineasta, artista, poeta e escritor, reconhecido pelo seu talento e, de outro, um marxista engajado, um crítico mordaz da burguesia que escancarava, sem pudores, o sagrado e o profano da sociedade italiana.

O cineasta foi assassinado numa praia perto de Roma que permanece até hoje um mistério. A tese é de um crime sexual atribuído ao homossexualismo de Pasolini,embora inúmeros documentários e livros tentarem demonstrar que o crime, nunca esclarecido, foi o resultado de um complô mafioso ou político para calar o incômodo crítico da política italiana, sobretudo na coluna “Escritos corsários”, publicada no Corriere della Sera, nos dois últimos anos de vida. Seu amigo e escritor Alberto Moravia, sugeriu um crime político:

“Uma sociedade que mata seus poetas é uma sociedade doente”.

A crítica ácida e refinada de Pasolini incomodava sempre e no artigo “O vazio do poder na Itália ou O artigo dos vaga-lumes ( Il vuoto del Potere in Italia ovvero L`articolo delle lucciole), publicado em 1975, o escritor já dizia que na Itália existia um dramático vazio de poder.

“O ponto é que não é um vazio de poder político no sentido tradicional, mas, um vazio de poder em si”.  Luiz Nazario , em seu blog, faz uma boa análise sobre o papel político de Pasolini.

 

Com este perfil intelectual Pasolini produziu obras-primas do cinema italiano que merecem ser assistidas a qualquer tempo.

Filmes de Pasolini

“O Evangelho Segundo Mateus”, 1964, trata da vida de Jesus de maneira antidogmática.Um filme que sofreu diversas censuras e era visto como uma blasfêmia pela Igreja e alguns setores da imprensa.

Em o documentário  “A raiva”( La rabbia), em 1963, Pasolini inclui uma poesia dedicada a Marilyn Monroe, meses depois da artista ter sido encontrada morta por ingerir doses excessivas de barbitúricos. Neste filme, Pasolini coloca em debate as contradições de uma sociedade de consumo e o mundo dos negócios.

“Discursos do Amor”( Comizi d`Amore), o cineasta faz uma fotografia da Itália e da sua relação com o erotismo e a religião. De gravador em mãos ele perguntou diretamente aos italianos, jovens e idosos, o que achavam do sexo e do amor e encontrou respostas que até hoje ainda permanecem no inconsciente coletivo da sociedade italiana, que tem suas raízes no rigor de uma religião, o catolicismo, que na Idade Média castrou a libido de seu povo para eliminar da memória a devassidão dos últimos dias vividos como império romano.

 O filme Teorema, de 1968, entre os mais aclamados, retrata e critica as instituições italianas de forma sutil, por intermédio da história de um individuo e a sua influência em uma família burguesa.

Quando foi assassinado estava escrevendo e seu último trabalho, o livro Petróleo, mesmo inacabado foi publicado em 1992. 

 Olhar Crítico

Pier Paolo Pasolini foi uma artista que esteve à frente de seu tempo e representou bem o clamor dos movimentos pós-guerra, em busca de uma sociedade mais justa, de respeito ao planeta e livre de preconceitos.

Denunciou as artimanhas do poder e a manipulação de massa. No dia dos mortos de 1975 seu corpo foi encontrado massacrado na praia de Ostia e um delinquente Giuseppe Pelosi assumiu a responsabilidade do crime.

Pasolini foi calado pelos poderes que ainda dominam o mundo. Um crime que jamais será esclarecido porque é assim que funciona o espetáculo da vida: com o silêncio dos inocentes.