Leggendo - Ricardo Cejudo Nogales ( Espanha, 1952)

Biblioterapia

Desde que cheguei na Europa enfrentei uma série de problemas que nunca tinha vivido antes. Me lembro bem desse sentimento de orgulho e medo ao mesmo tempo que vivenciava toda vez que enfrentava algo novo. A língua, a cultura, a distância sem dúvida foram difíceis, mas mais difícil ainda foi lidar com esse turbilhão de sentimentos dentro de mim que não sabia nem como chegava nem como desaparecia.

Eu tinha 20 anos, estava num país novo e ninguém tinha me explicado sobre o inconstante que somos, o vulnerável que podemos ser e sobre a normalidade disso. Não que era obrigação dos outros explicar o que eu me estava deparando, até porque a maioria das pessoas nem mesmo entendem o que se passam com elas.

Mas é certo que o que eu vivi, não em forma de experiência, mas de sentimentos, todo mundo já viveu ou vai viver um dia E como vivemos num mundo que nos cobra ser seres coesos e coerentes, terminamos nunca falando sobre isso e passamos a pensar que somos os únicos que nos sentimos assim.

Um mundo e culturas diferentes

Meus recursos eram escassos. Não tinha dinheiro para ir ao psicólogo e tinha que enfrentar os problemas, um a um, sem procrastinar ou fugir deles. Trabalho, dinheiro, amor, despido, contas… a vida no estrangeiro não tem nada diferente da vida no Brasil. Enfrentamos as mesmas situações a diário, só que num contexto diferente, numa cultura alheia a nossa e com formas de comportamento complexas num primeiro momento.

Foi nessa época que me refugiei nos livros, nem sei bem para que realmente, mas como sempre gostei de ler, vi neles uma forma de ócio barato e saudável. Como meu inglês era fraco, ler em outra língua me proporcionava conhecimento e ferramentas para enfrentar o dia a dia – nessa época, só buscava mais fluidez no idioma, vocabulário e entender bem as estruturas semânticas da língua.

Claro que isso foi só o começo. Quanto mais lia e melhor desenvolvia meu vocabulário, comecei a perceber a importância da literatura em outros contextos: ler os clássicos me proporcionava conhecimentos sobre a cultura que ninguém era capaz de me explicar. Conseguia fazer comparações com os personagens da novela e inseri-los contexto atual. Nossa, o quanto que se aprende sobre as pessoas lendo.

Leitura dos clássicos

É curioso, mas ninguém realmente fala sobre o tempo que você economiza entendendo uma cultura ou certos comportamentos lendo os clássicos de um país. Ou seja, mais que uma ferramenta semântica, a literatura me ajudou a entender culturas, e com isso me deu ideias de como interagir com as pessoas. Os contos de Dickens, Allan Poe, Chekov, as peças de teatro de Beckett, Joe Osborne ou mesmo Harold Pinter me proporcionaram conhecimentos históricos sobre uma época e ao mesmo tempo, conhecimento sobre como as pessoas que são dali.

Além de desfrutar dos contos, era capaz de viver da forma mais intensa a vida de cada um dos personagens. Empatizava com eles e entendia os seus problemas melhores que quando um amigo te conta os seus. Foi assim que comecei também a entender os problemas das pessoas que me rodeavam. Cada um que me contava algum problema, preocupação ou aflição, eu buscava nos livros de forma consciente, a maneira de fazer um paralelo entre a vida do personagem e a dessa pessoa para dar-lhe opções de como enfrentar determinada situação.

Biblioterapia

Tive amigos que já me ligavam diretamente e perguntavam se tinha algumas respostas nos livros que eu lia.  Eram sessões de biblioterapia em toda regra.

Mas a empatia não reside somente nos outros, mas também consigo mesmo. Entender-se e empatizar consigo não é fácil mas, sem dúvida, é necessário. Entendi muito sobre meus comportamentos e sentimentos lendo a Milan Kundera, Tolstóis, Clarin, e Machado de Assis.

Milan Kundera

Kundera foi o mais importante deles, deve ser por isso que em dois anos li toda a sua obra. Ainda hoje não fui capaz de encontrar escritor com tamanha dimensão sobre a miséria humana e os comportamentos errôneos que levamos a cabo pelo simples fato de não sermos sinceros conosco.

Um dia, quando falava com um amigo no telefone, lhe disse que estava ajudando a resolver um problema de um amigo e buscava nos livros alguma resposta para o dilema. Ele começou a rir e me disse:

_ Se vive muitas vidas com os livros.

Que razão tinha. Era isso a chave de tudo. Os livros me davam a possibilidade de viver muitas vidas, conhecer muitas histórias e contextos, de ser muitas pessoas diferentes, de ter problemas que nunca tive, vivenciar sentimentos que desconheço e mais do que isso, entender a raça humana em toda sua plenitude e complexidade.

Somos seres diferentes, que pensamos diferentes, atuamos diferente e nos comportamos de formas diferentes. Os livros recorrem todos esses personagens: desde o violador até o ladrão de galinhas, desde o amante apaixonado por duas pessoas diferentes, até a mulher devota, o marido infiel, o filho obediente, o conflitivo, a tia vingativa.

Nos romances, os personagens nunca são lineais. Sua complexidade faz com que sejam reais e possamos ver e neles um espelho das pessoas que temos às nossas voltas, ou nós mesmos.

Faz uns dois anos estive em Londres na The School of life fazendo um curso de Biblioterapia. Esse curso de tratava justamente sobre o que escrevo: sobre como a literatura era capaz de ajudar-nos a entender nossos problemas, nossos sentimentos e como deveríamos utiliza-las para um processo de ajuda e autoconhecimento.

Mundo complexo

Vivemos num mundo complexo, cada vez mais veloz e que nos quitam minutos da nossa vida da forma mais rasteira possível. Entender a nós mesmos, e o nosso entorno é uma tarefa quase impossível nesse mundo hiper-fragmentado e pós-moderno que vivemos.

Ler é uma forma de contra arrestar essa perdida de tempo e fazer com que essas horas diante de um livro se tornem conhecimento intrínseco sobre a melhor forma de viver e de conviver consigo mesmo e com os outros.

Estamos em busca do tempo perdido.

Ciência e Caridade (1897). Pablo Picasso (1881-1973). Óleo sobre tela, 197 x 249 cm. Museu Picasso (Barcelona).

“Quereis conhecer o segredo da morte”

Minha avó faleceu quando ia completar 80 anos. Anos antes de sua morte já comentava entre os familiares que já tinha vivido demais. Que estava na hora de ir embora. Isso dito sem amargura, depressão ou sentimento suicida. Era uma afirmação serena, como se quisesse preparar, principalmente a sua filha única, minha mãe, que ela iria embora logo.

Quando ela se lamentava e falava sobre isso, certamente que os filhos e netos se assustavam com tal serenidade. Credo vó, pare de falar em morrer!

É engraçado que a formação judaico-cristã busca tanto o paraíso pós-morte, mas as pessoas contraditoriamente não conseguem nem falar sobre o assunto de uma maneira tranquila, em paz e sem medo.

Vovó não se dava por vencida quando a família pedia para não mais falar sobre o assunto, tinha sempre um argumento na ponta da língua. “Já cumpri a minha missão nesse mundo”, dizia. “Criei meus filhos ( cinco e duas sobrinhas) e já vivi demais.  Estou cansada”.

Sua espera pela morte demorou um pouco mais do que previa e aquele desleixo por viver e desejo de morrer só foi realizado aos 80 anos, com uma serenidade sem precedentes. Aliás, graças a sabedoria do médico que a assistia nos seus momentos finais.

Um bom médico

Esse médico tinha no seu conceito que os velhinhos são especiais e devem ser respeitados na sua vontade de ir embora deste mundo. Para ele, os poderosos equipamentos tecnológicos da área médica, máquinas para respirar, fazer o coração funcionar artificialmente foram construídos para salvar vidas, sim, mas para idosos seu uso deveria ser analisado sempre com muito cuidado.

Vovó Helena sem explicações aos familiares, certo dia deixou de se levantar da cama, não queria mais comer e só dormia. Esta apatia sem uma doença anunciada deixou apreensiva a família e preocupou o seu médico,  que  imediatamente internou-a num hospital para uma série de exames.

Ela foi revistada inteira e nada apareceu. Nenhuma anomalia aparentemente, apenas uma infecção sem alarmes no exame de sangue. Pelo menos foi isso que o médico disse aos familiares e mandou vovó para casa – era que ela mais queria, ficar perto da filha – e acompanhou-a com medicações diárias.

Cansada de respirar

“Ela está cansada de respirar”, brincava o doutor. “Não descobrimos nada de alarmante nos exames e num caso destes seria preciso operar para descobrir se existe algum problema”, argumentava, e já arrematava dizendo que não aconselhava cirurgia nessa idade. Talvez ele soubesse o que ela tinha, quem sabe uma doença grave incurável…

Será um mistério que nunca saberemos ao certo porque segredo médico será sempre um segredo.

O fato é que vovó ficou em casa sendo assistida por todos, especialmente por minha mãe ( a única filha)  e meu irmão que ainda morava na casa dos meus pais e era o neto preferido de vovó, em razão de que ela tinha praticamente criado ele desde bebê. Sua agonia durou pouco tempo.

Um dia em um dos seus delírios, quando mamãe chegou perto da cama e começou a acariciá-la, ela recobrou a lucidez,  e como se tivesse acordado de um sono profundo  em função do toque em seu corpo disse:

– ”Nossa! Eu ainda estou aqui!”, exclamou. Depois retornou a inconsciência e algumas horas depois deixou esse mundo e foi embora serena e em paz!

Gibran Khalil Gibran

O poeta, filósofo, ensaísta libanês Gibran Khalil Gibran, no seu livro O Profeta fala sobre a morte.

Seu estilo é único e seus pensamentos sobre situações comuns da vida são revestidos de beleza e originalidade. Eis um pequeno trecho da reflexão sobre a morte:

(…..) Pois, que é morrer senão expor-se, desnudo, aos ventos e dissolver-se ao sol?

         E que é cessar de respirar senão libertar o hálito de suas marés agitadas, a fim de que se           levante e se  expanda e procure a Deus livremente?

         

         É somente quando beberdes do rio do silêncio que podereis realmente cantar.

         É somente quando atingirdes o cume da montanha que começareis a subir.

         É quando a terra reivindicar vossos membros que podereis verdadeiramente dançar. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A magia do tempo em sintonia com a natureza

Há alguns dias fui à praia e me deparei com três crianças na faixa etária de uns 4 anos de idade, correndo em direção ao mar.

Elas corriam como se fosse a ultima chance de entrar na água, como se o mar fosse desaparecer e eles nunca mais o teriam como fazer isso, caso não fossem rápidos e se apressassem para sentir as ondas batendo em suas perninhas.

O ciclo da vida

E se formos pensar pela lógica natural da vida, eles só estavam ali degustando uma, de um milhão de vezes que provavelmente poderão desfrutar um momento parecido, se o ciclo da vida deles transcorrer como se espera e sem interrupções.

A praia é um lugar interessante para se pensar sobre o a magia do tempo. Sobre a vida acelerada que levamos. Sobre o quanto tudo não passa de ritmos alucinantes que criamos para nossas vidas, sem nos darmos conta de que é passageiro e talvez fantasioso.

Água, ar e vento não são capitalistas

Na praia é comum encontrarmos pessoas caminhando de um lado para outro apenas para relaxar. Também encontramos pais observando durante horas seus filhos brincando na água ou na areia. É na praia, onde conseguimos ficar sentados na frente do mar, observando o vai e vem das ondas, sem cansar.

É lá, um dos lugares que podemos nos dar conta de que a água, o ar, o vento, o sol, não são capitalistas e se precisar podemos degustamos deles sem custo nenhum.

Enfim, neste lugar, assim como qualquer outro lugar que podemos entrar em contato com a natureza, é onde existe o poder de pararmos o tempo e de refletirmos o quanto podemos reciclar de nossas energias, o quanto podemos nos impulsionar a buscar caminhos e soluções para tudo que nos incomoda.

Desta forma, sugiro que aproveite o que tem de melhor da natureza, daquilo que ainda não tem custo e que não precisamos pagar ingresso. Apenas desfrute do que puder, para pensar nas alternativas para um caminho tranquilo deste precioso percurso que é a vida.

 

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O que eu aprendi fazendo WWOOF

DSC_0998Agora que já faz um mês que eu terminei meu projeto wwoofers, acho que é a hora de contar sobre meus próximos passos e o que eu levo de lição de vida sobre esta experiência.

Posso ver com certa perspectiva o importante que foi participar desse projeto e de aprender não só técnicas de cultivo ecológico, mas também conhecer e interagir com pessoas que realmente creem na construção de um mundo melhor.

Uma amiga

O projeto WWOOF entrou na minha vida no mês de maio quando uma amiga minha disse que estava vivendo na França ajudando a fazer jardinagem em um Chateau na França. Em troca do seu trabalho ela tinha casa e comida. Nessa época eu estava em Hamburgo, com a minha amiga Linda e buscando reencontrar meu papel no mundo e fazer aquilo que me faz feliz.

O ano de 2016 foi bastante tumultuado para mim e sobretudo um ano de mudanças. Tais mudanças fizeram com que tomasse certas decisões na minha vida, que não foram fáceis, mas certamente importantes. Redirecionar, tomar caminhos diferentes daquilo que os outros esperam é algo complicado: principalmente quando estas decisões nunca te dão certeza se foram as corretas no seu tempo.

Erasmus

Assim como 2016 foi um ano de mudanças para mim também foi para a minha amiga Franzie. Franzie e Linda são minhas duas amigas alemãs que fizeram o programa ERASMUS comigo, faz 10 anos em Pontevedra.

Erasmus é um programa de intercâmbio de universidades europeias e, algumas internacionais, para que os alunos cursem um ano dos seus estudos fora do país de origem. Foi ali que eu conheci as duas e fui morar com elas, e 10 anos depois aqui estávamos para compartilhar tudo o que passou nesses últimos 10 anos.

DSC_0965Quando decidi em maio, em Hamburgo, conversando com a Linda, que o meu próximo passo iria ser o WWOOF, mandei uma mensagem a Franzie e eis que ela não só aprovou a decisão como também embarcou na aventura.

10 anos depois, as duas estavam no mesmo projeto no sul da França: eu fazendo vinho na Grange de Bouys, em Beziers, e ela fazendo vinhos em Perpignan.

Nos encontramos ali, cozinhamos juntas, batemos um papo e repito a frase que ela me disse: 2016 foi o ano das mudanças, 2017 é o ano das surpresas. Não podia estar mais certa. 2017 está sendo sem dúvida nenhuma um ano de surpresas: surpresas para mim, para ela e para nossa vida em quase todos os âmbitos dela.

Muitas mudanças

No caso da Franzie também: ela deixou o seu trabalho no Festival Internacional de Cinema de Berlin, a Bilinale e estava viajando pela França de bicicleta e fazendo WWOOF. Neste mês começava a estudar de novo e redireccionar a sua carreira.

DSC_0576No meu caso, eu voltei a fazer pilates, aprendi francês, estou escrevendo mais que nunca, vindimei, plantei, colhi, amassei uvas, construí muros, escadas, peguei na enxada e comecei uma pós-graduação. E li, li nesse ano mais livros que todos os últimos 5/6 anos.

O WWOOF foi a porta de entrada para eu ver que o que eu realmente amo, quem sou e aonde vou. Ver que o que eu realmente amo fazer é possível e é compatível com muitas outras coisas.

Não só a Frazie, mas durante todo o projeto conheci pessoas de todo o mundo com projetos realmente revolucionários e com a vontade de recomeçar a sua vida, de fazer outras coisas que nunca tiveram oportunidade de fazer.

Conheci pessoas dadas a ajudar e com uma vontade de viver incrível.

Quando essas pessoas passam a fazer parte da tua vida, quando você vê que há outras possibilidades, a vida cobra um sentido sem fim.

DSC_0612_2Pessoas que ajudam pessoas; e isso é o mais bonito que eu aprendi ali dentro. Aprendi a plantar, a colher e a respeitar o meio ambiente e o ecossistema.

Mas mais que isso aprendi que podemos sim ajudar a melhorar nosso entorno com pequenos gestos. E isso é algo que levo comigo.

DSC_0380Solidariedade

Me lembro bem que no dia que estava cozinhando com a Dina e fazendo o jantar para 14 pessoas, houve um incêndio grande perto dos vinhedos, acho que numa fazenda ou numa bodega vizinha. Tivemos que preparar nossa mala com básicos, por si tivéssemos que evacuar a Adega. Colocamos roupas de algodão e continuamos nosso trabalho. Disseram que não parássemos e enquanto isso todos faziam a sua parte: fechar a casa, preparar os carros, etc.

DSC_0386O incêndio foi controlado e os bombeiros estiveram toda a noite trabalhando para controlar as chamas. De manhã Florence acordou bem cedo e preparou café da manhã para todos os bombeiros e foi levar-lhes. Acho que eram uns 70 bombeiros, famintos e cansados de tanto trabalhar. Trabalhar para ajudar a toda uma comunidade. O gesto de Florence foi uma lição WWOOF que nunca me esquecerei.

Ajudar o próximo

DSC_0375Outro gesto bonito que me fez pensar foi quando fomos de viagem a Aix-en-Provence. Fomos passar o fim de semana ali e de manhã, quando fomos a tomar café numa padaria da cidade, Alex e Sarah, compraram croissants para os pedintes que estavam na porta do café.

Sarah viu que essa pessoa estava ali, tinha passado a noite ali com frio e fome e foi comprar algo para ele comer. No momento que ele recebeu o croissant ele não deu crédito e apenas agradeceu o gesto.  Outra atitude WWOOF.

DSC_0678 DSC_0684Aqui mesmo na Espanha, nos atentados terroristas, ou mesmo o quando houve um acidente de trem de Santiago de Compostela, os espanhóis se mobilizaram para doar sangue, ajudar as vítimas e todos seus familiares.

Eu me lembro que as filas dos bancos de sangue estavam em colapso, os donos dos hotéis abriram as portas do seu negócio e ofereceram quartos de graça para os familiares das vítimas.

Atitude WWOOF, mesmo sem ser ou fazer.

Durante todo o projeto, gente assim e atitudes assim vi aos montes. Sem grandes gestos, sem grandes ações, mas sim com as pequenas é que transformamos o mundo.

Pratique Gentileza

Me lembro que quando estava no Brasil, era uma leitora assídua da revista Vida Simples e numa determinada época a revista tinha uma campanha chamada “Pratique Gentileza”. Até hoje não vejo melhor título que esse para uma campanha. É isso, não se pode definir melhor. Pratiquemos gentileza todos os dias da nossa vida.

DSC_0612_2Você não tem tempo para fazer voluntariado, mas pode reciclar. Você não tem tempo para preparar sopa, café para as pessoas que não tem o que comer, mas pode um dia entrar num café e comprar alguma coisinha.

Você pode ir numa cafeteria e abrir um sorriso para a pessoa que te atende: dizer por favor, obrigado e desejar-lhe um bom dia. Pedir com carinho e receber com carinho. Reclamar menos e agradecer mais.

Atitudes como essas mudam diariamente a vida de muitas pessoas. O teu sorriso é capaz de mover montanhas, de determinar o bem e alegre que poderá ser o dia de alguém. O teu obrigado mostra o atencioso e educado que você é. O teu beijo, o teu abraço ajudaram quem seja no dia em que algo não está indo bem.

Estes pequenos gestos vão determinar sim o mundo que vivemos.

DSC_0214Não pense em coisas grandes, comece com as pequenas. Comece por agradecer o começo do dia;  o sol, a chuva. Comece por prepara o café, sentar, comer lentamente e admirar a tua casa, a tua família: admirar quem você é.

Recicle, cozinha verde, coma com prazer, leia! Peça às pessoas com educação, agradeça. Tome um banho e seja consciente da água, do tempo. Does as roupas usadas, os livros a bibliotecas.  Doe sangue, doe órgãos. Limpe a casa, organize o armário, as ideias e comece a ser justa com você e com os outros.  Pratique gentileza!

Não é tão difícil, é uma questão de começar. Eu dei meu primeiro passo e sigo andando.

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