Desde menino
me choro

 

Conheça a história da dolorosa memória do índio Cuitá, sequestrado ainda criança pelo bando de Martinho Bugreiro, e entregue a um casal de alemães, em Blumenau.

Um dramático romance que mescla ficção e realidade para desnudar, com tinturas fortes, o massacre de índios xokleng em Santa Catarina, no final do século XIX e início do século XX.

Desde menino me choro

Neste romance histórico, Paulo Sá Brito funde detalhada pesquisa com prosa fácil, delicada e contornada por sentimentos inexplicáveis pelo narrador, que trafega no limiar da memória ancestral e da civilização que lhe foi imposta.

Imigrantes, proprietários de terras e órgãos do governo financiaram grupos de assassinos – os bugreiros – que trucidavam indígenas, acusando-os de inimigos do progresso, para que estes se afastassem e desocupassem terras.

Sequestrado por Martinho Bugreiro, Cuitá virou Gunther para tecer memórias melancólicas a história terrível do aniquilamento dos índios xokleng em solo catarinense.

“É incontornável que a engenhosa construção narrativa, repleta de humanidade, engendra o relato de uma tragédia, a denúncia de um extermínio cruel amparado pelas autoridadese pelo Estado. Mas jamais desapega do estilo contador de casos, trazendo à tona os medos, as coragens, as perplexidades, o ódio, o amor, e estas coisas que compõem a alma dos homens.

Num ato generoso, o autor concede a Cuitá a função de narrador, dá voz a um sobrevivente que apenas sobrevive entre lembranças dos que tombaram nas matas pelo chumbo e aço da civilização.”

Gastão Cassel 
Jornalista, Mestre em Literatura pela UFSC


Paulo Sá Brito

Sempre foi fascinado pelas letras, apesar de ter estudado os números. Foi engenheiro, sem, no entanto, jamais abandonar a lida com as palavras.

Publicou três romances biográficos: Altina, Como quem risca a pedra e Antes que chegue o outono.
Em parceria com Luiz Cézare Vieira publicou um livro de crônicas, Rádio Peão e três livros de história, Entre o passado e o futuro, Histórias de luz e Marcas do Caminho.