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‘Quebrando o teto de vidro’ obra que celebra a primeira mulher, negra, vice-presidente dos EUA

Com a obra Shattering the Glass Ceiling/ 2020 (Quebrando o teto de vidro) mulheres artistas celebram a posse de Kamala Harris. A primeira mulher, negra, asiática, a tornar-se vice-presidente dos EUA.

Optamos em dar destaque à obra elaborada pelas artistas do Corning Museum of Glass de Nova York pela força simbólica, pela beleza do conceito e poética artística  impregnadas no significativo movimento das artistas americanas.  Um pequeno pedaço de vidro, moldado em temperatura inimaginável, mais mil graus e transformando-se num recado singelo: “Congratulation Madam Vice President.  Não é isso mesmo? 

Parabéns vice-presidente por estilhaçar… quebrar o teto de vidro construído por uma sociedade intransigente, conservadora e ultrapassada.  

Que os bons ventos soprem nos Estados Unidos da América (EUA) e que Joe Biden governe com a paz no coração e amor pela humanidade.

A informação a seguir foi publicada originalmente no site The Artnewspape 

 

Foto via internet: Kevin Lamarque/Reuters

 “Para comemorar a posse do presidente dos Estados Unidos Joseph R. Biden Jr e da vice-presidente Kamala Harris, mulheres artistas de vidro em colaboração com o Corning Museum of Glass em Nova York criaram uma homenagem a Harris, que fez história como a primeira mulher, negra americana,  a servir no segundo posto eleito mais alto do país.

Em um vídeo compartilhado com o The Art Newspaper, as artistas Helen Tegeler, Catherine Ayers e Christa Westbrook podem ser vistas criando a obra Shattering the Glass Ceiling (2020) usando os pedaços quebrados de uma lâmina de vidro de segurança que caiu do teto da oficina do Museu.  A escultura resultante, que apresenta o nome do vice-presidente, oferece uma “representação visual convincente” das barreiras que foram quebradas com a nomeação de Harris, diz Karol Wight, a presidente e diretora executiva do museu.

“A partir dos cacos quebrados, nossa equipe de fabricantes de vidro cria algo novo, simbolizando o momento histórico que chegou”, diz Wight. “O vídeo celebra o importante trabalho de gerações de mulheres que abriram caminho para que possamos dizer: Parabéns, Senhora Vice-presidente.”

“Estamos ansiosos por assistir a posse e  testemunhar o momento histórico em que um teto de vidro é quebrado e a primeira mulher vice-presidente assume o cargo. Criamos uma representação visual da frase “quebrando o teto de vidro” para marcar este marco significativo na história de nossa nação.”

É a citação colocada abaixo do vídeo no Youtube momentos antes da cerimônia de posse de Kamala Harris.

foto via site Exibart. Diva. 2020 Juliana Notari

“Diva” vai além do fato de ser uma vulva. É uma ferida

O conceito que está por trás é o grande mote de uma obra de arte contemporânea. E 'Diva', uma ferida, associada a vulva gigante, já atingiu seu climax conceitual ao difundir ao mundo o lado obscuro do Brasil

A obra da artista pernambucana, Juliana Notari, instalada na Usina de Arte, na zona da mata no sul do estado, associada a uma vulva sangrando, de 33 metros em cimento e resina, cavada nas terras de coronéis, de senhores de engenho, está atravessando fronteiras. Sua fama é reconhecida não só pela obra e seu significado, mas pela reação que vem provocando em falsos moralistas, fundamentalistas religiosos, e expondo um governo que não se sensibiliza com os números de mortos pelo Covid- 19.

Em seu Instagram a artista pernambucana, por intermédio de sua curadora e professora de arte, Claudia Diniz, registra que a instalação artística vai além de o fato de representar uma vagina. “Diva é uma ferida”. 

Uma das fotos que Juliana publicou no Instagram, com os profissionais contratados, gerou repercussão negativa

Diva já está presente em manchete no renomado site italiano Exibart: “In Brasile, a escultura de uma vulva enfureceu a extrema-direita de Bolsonaro. A matéria se atém muito mais ao comportamento do governo brasileiro em relação a moral, do que a própria obra, que representa o sofrimento de um grande número de mulheres brasileiras e a desigualdade social. 

 

Comenta o site: (…)”Mas a obra, além de simbolizar o sofrimento, é carregada de uma responsabilidade política, considerando que foi apresentada poucos dias depois da declaração de Jair Bolsonaro, sobre o aborto que jamais será legalizado no Brasil”. (…)

Os apoiadores de Bolsonaro condenaram duramente Diva, definindo-a com uma obra obscena e de mera propaganda de esquerda nas mídias sociais. Um dos comentários muito interessante foi registrado pelo produtor brasileiro, o cineasta Kleber Mendonça Filho, que destacou como “as reações a uma obra como a de Notari são um espelho da sociedade, enfim, um sucesso

 

 

Mas não há nada de novo nos ataques de Bolsonaro e seus seguidores. De fato, o presidente brasileiro é o primeiro a promover uma campanha na mídia contra a arte e os artistas, descrevendo-os como parasitas decadentes, sempre em busca de fundos públicos – que Bolsonaro cortou em todos os sentidos – apenas para aumentar o lixo comunista. 

Seu silêncio diante da morte de tantos artistas causada por Covid-19 é de fato profundamente significativo. A ponto de aprofundar a ferida que a Diva quer simbolizar”.

 

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Palas Atenas empunhe suas armas em 2021 pela sabedoria e arte!

PanHoramarte utiliza-se da licença poética para evocar pela deusa Palas de Atenas na defesa da arte e da cultura em 2021. Acima de tudo porque a arte salva e nos torna seres sensíveis capazes de mudar o mundo.

Escolhemos a versão da deusa mitológica grega criada por Gustav Klimt, em 1898,  por simbolizar exatamente a defesa de novas ideias no movimento da  Secessão, em Viena.  Na época,  artistas e intelectuais protestavam contra normas tradicionais artística, e étnicas. 

Palas de Atenas, na antiga Grécia, representava a sabedoria, arte, justiça e estratégia em batalhas. Portanto,  a  Klimt  não interessava sua feminilidade e sexualidade, mas sua essência divina. Talvez porque essa mulher tinha uma aspecto insólito. Era uma deusa diferente de outras deusas, usava armadura e armas de homem. Apesar de ser mulher, ela tinha um caráter guerreiro masculino.

Um ser andrógeno, com  olhos expressivos brilhantes e iluminados atrativos, aliado também  à imagem de uma Medusa no peito.  Um ser fulgurante para combater a mediocridade, a falta de solidariedade e respeito pelo outro e pela liberdade de expressão.  É urgente para uma humanidade que não mudou desde que o mundo é mundo. A história do poder, da violência, dos preconceitos, do acúmulo de riquezas por poucos e escravidão para maioria se repete. Muda apenas o tempo, isto é com algumas nuances diferentes de  como viver no século  XXI e dispor de tecnologia. A obra de Klimt é visionária, como os artistas sempre foram aquém ao tempo, é apropriada para o momento, especialmente para o Brasil, cuja arte e cultura estão sendo aniquiladas silenciosamente, drásticamente.

Quando tratamos de história estamos nos referindo a fatos que envolvem sistemas políticos e sociais capengas, tanto de direita como de esquerda. A modernidade nos trouxe facilidades e tecnologia, mas a ganância, o egoísmo, as injustiças continuam com outras vestes, com recursos mais potentes, porém sem o mínimo de condição de saúde, educação e qualidade de vida para a maioria dos habitantes deste Planeta Azul. 

É por isso que precisamos lutar pela expansão da mente por intermédio da arte e da cultura.  Artistas unam-se  para fortalecer nossos  sonhos e utopias com suas criações. Precisamos sim de uma deusa grega com a força do feminino e do masculino, que empunhe as armas da sabedoria e da arte para transformar o mundo. Precisamos sim, de uma fulgurante deusa como a criada por Gustav Klimt, para enfrentar os insensíveis e abrir caminhos para um novo tempo. 

Vamos evocar a essência divina de Palas Atenas que vive dentro de todos nós em defesa da sabedoria e da arte em 2021!,

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Sem verdades absolutas. Feliz Natal!

O que é o Natal senão um conjunto de verdades, sobretudo as verdades de cada um, aquelas que alimentam a alma.

Essa frase para iniciar um papo sobre algumas tradições natalinas repetidas há milênios, adaptadas, recicladas, que se tornaram verdades, porém não absolutas. 

“O verdadeiro Natal é o do coração”

As palavras foram do médico homeopata Gerson Cretella, que vive em Curitiba, e foram ditas a mm, quando perguntei o que pensava sobre o Natal. Isso numa consulta.

 

Mosaicos da ex- Museu de Santa Sofia, em Istambul

A definição simples e clara apaziguou minha mente inquieta e curiosa, que tenta a todo instante achar a resposta mais adequada para encaixar minhas crenças, a história, e o racional. O que vale mais nesse momento no mundo, num contexto que mescla o espiritual e o material, no qual a sintonia oscila entre o consumo e a devoção. O profano e o sagrado!

Assim completou o raciocínio o sábio médico que entende a vida pelo pensamento Gnóstico. Então, seguindo o raciocínio inicial sobre as verdades de cada um, as religiões são exemplos pelas quais as pessoas manifestam as suas verdades e  solidificam suas crenças. Desse modo, cada qual escolhe o Deus que necessita, isto é, escolhe as regras definidas por uma instituição religiosa que mais sente afinidade e fé para caminhar nas estradas da vida.

A palavra Natal(natale), derivada do latim, de acordo com o dicionário italiano Devoto-Oli, significa o lugar onde você nasce. Portanto, a data de nascimento de Cristo não é uma verdade absoluta. Ninguém sabe.

O que vale mais nesse momento no mundo, num contexto que mescla o espiritual e o material. Sabe-se apenas que o Natal começou a ser celebrado a  partir do século III, quando a Igreja Católica, para estimular a conversão dos povos pagãos sob domínio do Império Romano definiu como nascimento de Cristo o nascimento anual do Deus Sol, no solstício de inverno- 25 de dezembro.

Se você celebra ou não o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, mesmo que essa data mobilize milhões de pessoas no mundo Ocidental, não importa à questão que nos referimos. Sobre as tuas crenças religiosas respeitamos por serem parte de sua cultura e isso, é a você que importa porque faz parte da tua história.

 

Muçulmanos, budistas, espíritas, umbandistas, adventistas, luteranos, católicos, entre tantas religiões que existem nesse planeta, foram instituídas pelo homem para organizar o sentimento espiritual e divino que existe dentro dele.

São instituições com regras e disciplinas e sujeitas também a estarem erradas, mas, acima de tudo necessárias para fazer a conexão com o Divino dentro de nós.

O PanHoramarte deseja que o verdadeiro Natal se inicie no seu coração, Natal como a etimologia define, um lugar de nascimento. Que esse lugar dentro do seu coração se renove constantemente como um terreno fértil de ideias boas e criativas, frutificadas a partir das sementes da paz e do amor!

 

Mosaicos dourados da Catedral de Monreal, Itália