Quem somos

Mari Weigert é editora responsável do Pan-horamArte. Formada em Comunicação Social – jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Especialização em História Arte pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e aluna (um ano) ouvinte de Crítica de Arte, na Sapienza Università de Roma. Trabalhou em televisão como repórter e editora, fez assessoria de imprensa e tem experiência na área ambiental e cultural como jornalista – por 35 anos no Governo do Paraná.

É fascinada pela web e seus erros e acertos, adora viajar e mais ainda escrever sobre os lugares que visita, principalmente sobre mostras de arte, bienais e fatos pitorescos ou um simples bate-papo.

Marcela Weigert é artista, ilustradora e quem criou a logomarca do Pan-horamArte. Formada em Design Gráfico pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), tem especialização em Educomunicação pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente doutoranda pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Acredita que é possível utilizar o desenho, com viés lúdico, para denunciar, criticar e estimular as pessoas a construir um mundo melhor. Por intermédio das cores e dos traços expressa a maneira de sentir a vida. Suas fontes de inspiração fundamentam-se na igualdade social.

Ariane Gomes Genesi é engenheira de automação especializada em Tecnologia da Informação, com experiência em marketing digital. Atua no Pan-horamarte como responsável pela parte tecnológica, manutenção e programação visual do site. Transita com desenvoltura tanto na área tecnológica como na comunicação, sem deixar de lado a sensibilidade e intuição feminina como potentes aliadas nas análises sobre marketing digital.

Colaboradores

Os colaboradores do Pan-horamArte são amigos acolhidos com carinho porque todos têm em comum as palavras bem escritas e o amor pela cultura e arte. Transitam com a liberdade de ir e vir e seus escritos são guardados a sete chaves, permanecem para distribuir emoções e a poesia da vida. Por isso, serão sempre bem-vindos aqueles que desejarem escrevinhar, seja sobre literatura e arte e sobre coisas triviais com poéticas.

Erol Anar

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Nasceu em Havza na Turquia, estudou em cursos de Antropologia (durante dois anos), História da Arte (durante dois anos) e pintura (durante um ano) nas universidades de Istambul, Ancara e Samsun. Foi membro da Associação dos Escritores Turcos, trabalhou no Centro de Arte Contemporânea de Ancara onde foi orientador de leitura da obra de Dostoiévski e da literatura universal durante 10 anos. Ganhou prêmios. Escreveu em diversos jornais, vários artigos foram sobre arte, direitos humanos, literatura e a vida cotidiana. Ainda teve entrevistas veiculadas em jornais de diversos países e tem 15 livros publicados no idioma turco. Dois deles foram traduzidos para português.

Jaqueline D'Hipolito Dartora

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É formada em Jornalismo na Universidade Santiago de Compostela. Se identifica como escritora e "vinalogadora". Atualmente dedica-se ao marketing e a comunicação, promovendo eventos que conectam e promovem o diálogo entre o vinho e as artes em geral. Têm também vários projetos paralelos relacionados com as letras e o mundo do vinho. Promove formas mais sustentáveis de vida, sendo uma ativista do uso da bicicleta na cidade e de uma vida mais saudável, lenta e meditada. No seu tempo livre realiza trabalhos voluntários em Vinícolas ecológicas e (WWOOF) y recentemente criou o blog Vinálogos. Colabora com alguns blogs, lojas de vinho, e escreve contos, relatos, ensaios em inglês, português e espanhol.

Flávio Cunha

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É cabelereiro e além de excelente profissional, adora se entreter com o mundo das artes. Nas horas vagas gosta de escrever contos e causos bem humorados. Mas nesse momento suas horas vagas são dirigidas a Bella, sua filha, que faz a vida dele ficar mais colorida.

Paula Braga

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Psicanalista membro da IF- EPFCL- Fóruns do Campo Lacaniano Rede Diagonal Brasil - Natal. Psicóloga desde 2001 formada pela Universidade Tuiuti do Paraná. Trabalha atendendo online e presencialmente crianças, adolescentes e adultos. Tem agenda intensa, mas sempre deixa dias livres para viver momentos felizes com sua filha Gabriela.

Simone Bittencourt Shauy

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É enfermeira, escritora e ilustradora. Escrever para ela é pura intuição e exercício de liberdade. Também adora contar histórias e escreveu para Pan-horamArte durante um período até 2016, mas seus textos são preciosos e permanecerão enquanto o site existir para propagar cultura e arte.

Luiz Ernesto Wanke

(1933-2019)
Foi escritor, professor e buscou na pesquisa histórica sentido para seus livros. Escreveu 38 contos que permanecem no Pan-horamArte e entre eles, destaca-se uma importante pesquisa feita junto com seu filho, Marcos Luiz Wanke, também professor, sobre a entrada de chineses na América, no século V d.C. relatada no livro Brasil Chinês. Gostou sempre de escrever contos e crônicas sobre fatos da vida e suas experiências, entre elas um achado científico sobre Física publicado nesse site sob o título - "Professor afirma que existe vida além da Terra".Certamente, Luiz Ernesto está realizando sonhos utópicos em esferas além da matéria.
Mulheres Protestando - Di Cavalcanti, 1941

Abre alas que a mulher brasileira quer passar

Depois de vivermos um período de trevas e retrocesso, o Brasil cultural ressurge das cinzas como Fênix para alçar grandes voos. Com destaque ao fato de que a rota está sendo iluminada pelas mulheres!

O Pan-HoramArte celebra esse momento, que começou com o reconhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na importância do papel das mulheres em sua vitória; que seguiu com sua decisão de nomear  11 personalidades femininas para comandar ministérios importantes de seu governo, e por fim, a retomada do Ministério da Cultura e fortalecimento de suas instituições vinculadas.

Ana Moser: Esporte, Anielle Franco: Igualdade Racial, Cida Gonçalves: Mulheres, Daniela de Souza Carneiro (Daniela do Waguinho): Turismo, Esther Dweck: Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Luciana Santos: Ciência, Tecnologia e Inovação. Marina Silva: Meio Ambiente. Margareth Menezes: Cultura, Nísia Trindade: Saúde, Simone Tebet: Planejamento e Orçamento, Sônia Guajajara: Povos Originários. 

Abram alas que elas querem passar!

Para sentir a força e a garra dessas mulheres basta assistir as cerimônias de posse. Emociona! 

Confesso que senti uma emoção intensa ao assistir Margareth Menezes em seu discurso, o seu canto na posse da Ministra Cida Gonçalves, junto ao Ministério da Mulheres . Maria Marighella, na Fundação Nacional de Arte (Funarte). Muito mais ao escutar o Hino Nacional interpretado pela voz do cantor Caio Prado, durante a cerimônia da Funarte e me arrepiar pela vibração da platéia ao fazer coro no final.

“Terra adorada, entre outras mil és tu Brasil, Ó Pátria Amada. Dos filhos deste solo, és mãe gentil Pátria Amada, Brasilll.
Sem fome e com muita cultura!” , encerra Caio.

Lembrei de toda luta dos movimentos que participei, os Estados Gerais da Cultura e o SOS Cultura, este último com os ex-funcionários do MinC. Os inúmeros manifestos publicados contra os absurdos cometidos pelo desgoverno passado. O SOS chegou aos ouvidos do Lula, felizmente. A reconstrução será um trabalho de harmonia e equilíbrio e se for sincronizado não perderá a base. Alunos da Escola Nacional de Circo provaram que possível esse equilíbrio no show de abertura da posse de Maria Marighella, atriz e ativista. Arte presente na essência, poesia, canto e espetáculo. 

Por que tantos vídeos num artigo só? 

Pelo simples fato de fazer permanecer na mente das pessoas um momento histórico que deve ser exaltado e lembrado a todo instante. São promessas, sonhos e utopias neles contidos e que devem ser revistos de tempos em tempos.

Ao destacar a mulher em sua data deixo aqui o testemunho da luta em busca  do reconhecimento que é possível com “Arte, ciência e paciência mudar o mundo”. O  lema dos Estados Gerais da Cultura, um belo movimento criado por gente que acredita na arte como meio de transformação. 

É preciso acreditar, como acreditou Chiquinha Gonzaga (1847-1935) em toda a sua vida que era possível vencer o preconceito, a violência. Ô Abre alas, cantou ela, porque queria passar e inspirou o título desse artigo. Mulher, mestiça, educada como sinhazinha que se rebelou e se tornou uma talentosa musicista. 

Tão guerreiras no passado como são elas hoje. Mulheres Protestando, do pintor Di Calvalcanti, uma obra de arte de 1941, que testemunha a força de luta das mulheres que não  brincam quando defendem uma causa.

Um viva a todas nós mulheres brasileiras anônimas ou célebres, que no seu dia a dia lutam  por construir um país melhor para se viver! 

O Dia das Mulheres é todo dia!

 Senhores, abram alas que as mulheres querem passar …..

Viva a arte!

Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun - Art Renewal Center old image: from [1] Wikipedia

Quando as mulheres não eram valorizadas como artistas

Mulheres não tinham vez no mundo das artes na Europa entre os séculos XVII e XVIII. Era território exclusivo dos homens.

Ao repaginar um artigo já publicado no Pan-HoramArte colocamos em destaque o papel das mulheres e a luta pelo empoderamento  nas sociedades da época.

Mulheres corajosas em suas posturas diante da sociedade hostil às suas produções artísticas, como a artista veneziana, Rosalba Carriera (1673-1757), que contrariando os costumes da época, retrata-se despojada da peruca tradicional, expondo seus cabelos grisalhos e estabelecendo uma áurea de luz próximo à cabeça significando a força do intelecto nas mulheres. 

Rosalba viveu  em pleno florescer do século das Luzes na Europa, Iluminismo – 1.700.

Essas informações fizeram parte de minha aula de crítica de arte da professora Orietta Rossi Pinelli, na Universidade Sapienza, em Roma.

Em sua tese, transformada em livro, “Le Arti nel Settecento Europeo”(sem tradução  para o português), a professora lamenta a falta de dados, para análise, sobre as produções artísticas das mulheres em anos precedentes a 1700

Rosalba Carriera, Autoritratto con il ritratto della sorella, 1715, Firenze, Galleria degli Uffizi

 

Tão somente a partir do século XVIII que as mulheres começaram a ter oportunidades maiores com suas obras e criações.

Orieta cita além de Rosalba Carriera, também  Giulia Lama, MmeVigée-Lebrun, Angelika Kauffamann, algumas das pintoras que alcançaram “um certo sucesso pessoal quando não a riqueza, obtendo a estima dos intelectuais da época”, escreve.

Segundo a pesquisadora italiana, não era fácil ser aceita na academia, salvo se eram mulheres, filhas ou irmãs de artistas homens.

Quando conseguiam entrar, tinham que aceitar restrições, como a de ser proibida a frequentar as aulas de nu artístico, indispensáveis para formação artística e para em seguida conseguir encomendas públicas.

Angelica Kauffmann(1741-1807), por exemplo, teve coragem de se opor a esta limitação. “Era uma talentosa artista, especialmente retratos, paisagens e pintura decorativa. Somente dois dos 36 membros fundadores da Academia Real Inglesa eram mulheres: Angelika Kauffmann e Mary Moser. Até o século XX, elas foram as únicas mulheres admitidas naquela instituição. Fonte: Wikipedia

Angelica Kauffmann – foto wikipédia.

Giulia Elisabetta Lama (Venezia1º ottobre 1681 – Venezia7 ottobre 1747) foi uma artista italiana e a primeira mulher a estudar o nu artístico masculino ao vivo.

Giulia Lama ritratta dal Piazzetta (1715-20); Madrid, museo Thyssen-Bornemisza.

Elisabeth Vigée Le Brun era uma artista francesa que conseguiu destacar-se no mundo das artes e tornou-se a retratista oficial de Maria Antonieta. Fugiu da corte francesa durante a Revolução, tornou-se conhecida pelas pinturas que fez em toda a Europa, para retratar a aristocracia e famílias reais. 

Elisabeth Vigée Le Brun – Self Portrait,- Kimbell Art Museum

No decorrer do século, algumas mulheres  foram capazes de interpretar ainda mais os seus papéis em primeiro plano, algumas à sombra da coroa, como Mme Pompadour (1721-1764) ou Mme du Barry (1743-1793), outras foram protagonistas absolutas da cena europeia, como a imperatriz Catarina da Rússia (1729-1796)ou Maria Teresa da Áustria  (1717-1780), todas vivendo no século das Luzes. Essas mulheres usaram de seu poder em favor da arte e da cultura”.Desse modo, ao visitar o passado é possível observar que não foi em vão a luta das primeiras feministas da história da arte no Ocidente, que quebraram tabus de uma sociedade exclusivamente masculina. Mulheres que se rebelaram ao destino imposto: casamento, maternidade ou convento, ou uma vida fútil de cortesã da corte.

 

No Brasil, a arte estava dando os primeiros passos com a corte portuguesa instalada no Rio de Janeiro.  Nenhum nome feminino se destacou num período em que o país importava artistas da Europa para suas produções artísticas.

 

Madame de Pompadour via Wikipedia

10 dez a 26 de março -Os Significadores do Insignificante

Uma mostra única e imperdível de dois artistas ícones do Paraná. Efigênia Rolim, a Rainha do Papel e da Bala, hoje com mais de 90 anos, e Hélio Leite, irreverente artista das miniaturas feitas com caixas de fósforos e outros materiais de aproveitamento. O observador entrará num universo lúdico e pleno de magia criativa elaborada por Efigênia e Hélio ao visitar a mostra que permanecerá no Museu de Arte Contemporânea, funcionando temporariamente no MON – Museu Oscar Niemeyer,- Curitiba.O projeto tem autoria de Estela Sandrini, com curadoria de Dinah Ribas e Maria José Justino.

Local: sala 08 do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR) – que está funcionando temporariamente no Museu Oscar Niemeyer (MON), nas salas 8 e 9

Endereço: Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico – Curitiba | PR. (41) 3350.4400

Visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h)

Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)

Gratuito para menores de 12 anos e maiores de 60 anos

Entrada franca todas as quartas-feiras