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Moda do mosaico tornou-se tradição em Monreale

Os mosaicos da Catedral de Monraele são magníficos

A pequena cidade de Monreale, na região de Palermo, na Sicília, é famosa e conhecida no mundo pela monumental Catedral construída no século XII, por vontade do rei normando. A população não chega a 40 mil habitantes. Grande parte dela mantém viva a tradição do trabalho artístico em mosaico, a mesma arte que reveste os oito mil metros quadrados do interior da Catedral e extasia quem visita o local.

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Comércio de arte em mosaico da família Parisi. Foto por Mari Weigert.
Arte que veio do Oriente

Nas ruelas antigas, em torno da igreja, diversas lojas e artesãos trabalham à vista do público difundindo a arte trazida do Oriente. Neste grupo de comerciantes encontra-se a loja dos Parisi. Monreale também possui uma escola estatal de arte (fundada em 1960), que surgiu da necessidade de formar profissionais na área. Isso porque foi observado que a maioria dos “souvenirs” vendidos aos turistas, na época, não era de artistas monrealenses.

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“Era inconcebível que os mosaicos e cerâmicas compradas por turistas não fossem produções locais, assim como era preciso recorrer a artistas de fora para realizar obras de restaurações na catedral, enquanto num passado tivemos artistas que brilharam como Pietro Oddo, no século XIV, Pietro Novelli, em 1.600, e os irmãos Zerbo, no século XIX e os Matranga, no início do século XX”, registra o blog de cultura de Monreale, para justificar a necessidade fundar uma escola pública de arte.

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A arte do mosaico, conhecida como Arte Bizantina, foi difundida em diversos países europeus no início do século XII por causa da conquista do Oriente pelo império romano e sua instalação em Constantinopla. Esta arte chegou à Europa pelo Sul da Itália. Possui uma estética fundamentada na harmonia das composições, na forma, na cor, no espaço, na luz irreal, que devia criar uma sensação de infinito e de eterno, para estimular a abstração. A técnica era muito utilizada nas antigas tradições artísticas orientais.

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