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A velha senhora…

A velha senhora sentada naquela varanda contemplava o passado, que estampado estava quadro a quadro na sua memória.

Expressava no rosto marcado pelo caminhar ininterrupto dos dias, o orgulho inato daquele que venceu batalhas amargas e que fora capaz de construir fortalezas feitas de esperança, bravura e dignidade.

Suas estórias eram feitas de cores, sabores, texturas, aromas, movimentos, sabedoria, criatividade e atitudes cheias de desprendimento.

Conhecera muita gente ao longo do caminho. Deixara uma semente da própria essência em cada uma delas.

Olhava para o horizonte com a certeza de que tudo fez para aprender e ensinar, amar e realizar, unir e nunca subtrair.

Celebrava a autenticidade das crianças, a impetuosidade dos jovens,  as respostas precisas dos crescidos, os legados dos falecidos.

A velha senhora, sentada naquela varanda ainda planejava a si sonhos audaciosos.  Por fora, quando se olhava no espelho, se via como uma folha seca. Mas por dentro, se sentia como as raízes de uma árvore que estão sempre em compasso de nutrir e diante de qualquer que seja a tempestade e ventania, jamais suas forças deixam abalar ou sucumbir.

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